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e-Jantar das Quintas
A reunião virtual dos (ex-)Deloittitos. "A que horas é no Slávia?"
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzDt-3O82aDZ-PctgckXp4a3JyqhqYvm6RQlhgcGxsdHciYFORtDAFszXrwyQGT5qtdNTen_1YzZuqIsby6iYL9WosOzC9ZSuXtiD0YI1boZ58esr3MM7SQyZQbb9bvF7vFbLk_53YnOG6/s748/foto.jpg)
terça-feira, 19 de abril de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
Talvez haja aqui um bom inicio de mudança...
Bagão Félix, ex-ministro das Finanças, salientou ao PÚBLICO que não podia contar o que se passou no Conselho de Estado, mas podia “falar sobre o que não se passou”.
“Perante as declarações do senhor primeiro-ministro só posso dizer que tem um problema de natureza física, como surdez, o que não parece, ou é distraído, o que também não me parece, ou faltou à verdade. Mentiu”, acrescentou o economista próximo do CDS-PP.
Salientando várias vezes que não vai ser ele a revelar o que se passa no Conselho de Estado, Bagão Félix salienta que não podia ficar calado “face às declarações do primeiro-ministro”.
“Não vale tudo. Há limites de ética e de decência na política. Como cidadão fiquei boquiaberto. Perturbado”, acrescentou.
La canción es urgente, es un río creciendo,
una flecha en el aire, es amor combatiendo
Quiero dártela ahora que es la hora del fuego,
que es la hora del grito que es la hora del pueblo
Que nos una amorosa, que nos pegue en el pecho,
que si vamos cantando no podrán detenernos
Que tu voz la levante, que la suelte en el viento
y que suene a victoria cuando rompa el silencio
Que tu voz la levante, que la suelte en el viento
y que suene a victoria cuando rompa el silencio
La canción es simiente,es de barro y de cielo,
es semilla y espiga, es futuro y recuerdo
La canción es urgente,va y viene compartiendo
con dolor y alegría el mismísimo sueño
Quiero dártela ahora con las ganas que tengo
con el nombre de todos los que no se rindieron
Que tu voz la levante, que la suelte en el viento,
y que suene a victoria cuando rompa el silencio
Que tu voz la levante, que la suelte en el viento,
y que suene a victoria cuando rompa el silencio
Y que suene a victoria cuando rompa el silencio
“Perante as declarações do senhor primeiro-ministro só posso dizer que tem um problema de natureza física, como surdez, o que não parece, ou é distraído, o que também não me parece, ou faltou à verdade. Mentiu”, acrescentou o economista próximo do CDS-PP.
Salientando várias vezes que não vai ser ele a revelar o que se passa no Conselho de Estado, Bagão Félix salienta que não podia ficar calado “face às declarações do primeiro-ministro”.
“Não vale tudo. Há limites de ética e de decência na política. Como cidadão fiquei boquiaberto. Perturbado”, acrescentou.
La canción es urgente, es un río creciendo,
una flecha en el aire, es amor combatiendo
Quiero dártela ahora que es la hora del fuego,
que es la hora del grito que es la hora del pueblo
Que nos una amorosa, que nos pegue en el pecho,
que si vamos cantando no podrán detenernos
Que tu voz la levante, que la suelte en el viento
y que suene a victoria cuando rompa el silencio
Que tu voz la levante, que la suelte en el viento
y que suene a victoria cuando rompa el silencio
La canción es simiente,es de barro y de cielo,
es semilla y espiga, es futuro y recuerdo
La canción es urgente,va y viene compartiendo
con dolor y alegría el mismísimo sueño
Quiero dártela ahora con las ganas que tengo
con el nombre de todos los que no se rindieron
Que tu voz la levante, que la suelte en el viento,
y que suene a victoria cuando rompa el silencio
Que tu voz la levante, que la suelte en el viento,
y que suene a victoria cuando rompa el silencio
Y que suene a victoria cuando rompa el silencio
domingo, 27 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Vá lá Senhora...
Não é uma novidade, mas de todo o "rock português" que passa na rádio que costumo ouvir com mais regularidade (Antena 3), esta é a música mais cativante e viciante dos últimos tempos...
Está muito bem "sacada" e a participação do Rui Pregal da Cunha" é a "cereja no topo do bolo".
Está muito bem "sacada" e a participação do Rui Pregal da Cunha" é a "cereja no topo do bolo".
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
1ª Intenacionalização - Jantar em Londres
Desafio da semana (já lançado no Facebook):
Jantar das Quintas em Londres, em 30 de Abril de 2011 (voos Ryanair - partida no próprio dia, sábado, às 06:30 e regresso Domingo, às 18:30).
Rápido e indolor... :)
Vamos lá dar dimensão à ideia?
Who's with me (or already with us...)?
RMB.
Jantar das Quintas em Londres, em 30 de Abril de 2011 (voos Ryanair - partida no próprio dia, sábado, às 06:30 e regresso Domingo, às 18:30).
Rápido e indolor... :)
Vamos lá dar dimensão à ideia?
Who's with me (or already with us...)?
RMB.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Curiosidades estatísticas...
Foram feitas algumas actualizações no software de edição aqui do blogue e entre outras coisas, é possível ter informação sobre a estatística do mesmo.
Foi engraçado perceber que desde Maio de 2010 o blogue já teve visitas de 9 países (extra-Portugal), dos quais destaco Singapura, Japão, Austrália e Canadá!Deixo aí em baixo para verem que é verdade:
Foi engraçado perceber que desde Maio de 2010 o blogue já teve visitas de 9 países (extra-Portugal), dos quais destaco Singapura, Japão, Austrália e Canadá!Deixo aí em baixo para verem que é verdade:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNdMCrc9zkEKQOBjVuawL5kWQp-bd0Jd-0v4NEW14hA1fsw937rOft5aAYfASHUswCqfODn0vdW4nA9ZBghZsmuLF0BwclSDiyP1_3h-ojZ0idIo6Vj2ib3k75kaguhO-t45pO7AsxrS2Y/s400/Apresenta%25C3%25A7%25C3%25A3o1.jpg)
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
JQ no Facebook
Recentemente, o Esperança criou mais uma iniciativa no sentido de continuar a promover o contacto entre todos.
Jantar das Quintas no Facebook!
Gracias, Esperanza!
Jantar das Quintas no Facebook!
Gracias, Esperanza!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Bom Natal, malta!
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Uma "singela" história de Natal (ou então não!) em Tóquio...
Sentado no balcão de um bar muito "Lost in Translation" em Tóquio, já estendia a manápula de lavagante ao oitavo ou décimo Bushmills (segundo a tabuada de José Cardoso Pires) e graças a isso conseguia manter um animado conciliábulo com um executivo japonês, gordo e velho - o que é uma raridade, porque em Tóquio só se vêm japoneses novos, magros e a cair de bêbados depois do cair o império do Sol.
O japonês só falava japonês e os filmes do Kurosawa não me davam sustento para cavaqueira. Por isso usámos a língua mais internacional do mundo - o escocês, espécie de esperanto dos povos copofónicos, pontuado com gargalhadas como vírgulas e com brindes como parágrafos. Ia no oitavo ou décimo brinde, já sem assunto e a dedicar uns planos de sabre Yakuza ao pianista-leninista, que na sua sonolência de zombie-relógio ia matraqueando o "New York, New York" pela oitava ou décima vez.
Rodei sobre os calcanhares do banco-giratório alguns 180 graus na esperança de avistar alguma Scarlett Johansson, e nada, nem sombra de pecado. Só homens de negócios galhofando como hienas com o humor típico de féretros. Todos os homens de negócios têm cara de agentes funerários. A diferença é que uns transportam mortos nas suas carrinhas e os outros são tanatoperadores transportados nos seus Rolls por motoristas-cadáveres. Estava com pouca disposição para velórios de bar de hotel. Despedi-me do barman e do meu japonês gordo com uma vénia exageradamente coreografada, traçando com a exactidão de uma régua a saída.
À passagem pelo teclista-funcionário do "Fly me to the moon" ainda tacteei os bolsos na esperança de encontrar a pistola com silenciador, para lhe espalhar os miolos na pauta-menú, ou um sabre de esventrar barrigas de fugu para lhe extrair o dedo do dó doloroso à maneira Yakuza, mas a única arma no bolso era mesmo um Lucky Strike de seis balas.
Descarreguei um no canto do lábio, arregacei a gola da gabardina à laia de Marlowe, preparando-me para enfrentar a chuva miudinha com ares de "cão danado", que é manha velha do viajante se sentir nativo do "bas fond" em qualquer latitude, longitude ou mesmo n seu próprio apartamento.
O hotel ficava perto da rua principal do Kabukicho, o infame red district de Tóquio.
É uma rua estreita que em passadas bem bebidas não bate a Avenida da Liberdade. Deambulei no meio de uma multidão-cardume que exibia uma biodiversidade digna de oceanário do vício.
O inevitável marinheiro americano de bícepes-destroyers, os yuppies-Sony cambaleando com espuma feroz no canto do lábio, as tribos adolescentes-manga - um misto de punk de Manchester com pipis das meias altas; os "gangsters" de imitação de braços tatuados a comer com pauzinhos uns fritos de cheiro atroz.
Uma autêntica Babilónia. E, olhando para o céu, os jardins suspensos da Babilónia. Os japoneses vivem em claustrofobia de safio, engordados na sua ilha pelo paciente lavagante americano. Depois de Iwo Jima, o expansionismo japonês foi circunscrito ao céu de arame farpado e aos motores Toyota das trucks do Texas. É para o céu que o Japão cresce despeitado.
E, é por isso que Kabukicho tem provavelmente o metro quadrado com maior concentração de putas do planeta. É como se o Red District de Amsterdão os casinos de Las Vegas e o porto de Marselha convergisssem numa só rua.
Os arranha-céus empinam-se numa fanfarronice de proxeneta, desafiando a paz assexuada dos anjos. Arranha-céus que no seu ventre guardam o desejo de todos os desejos. Jardins suspensos da Babilónia, o paraíso dos viciosos, dos libertinos, dos lavagantes implacáveis.
Como ainda não se fazem "Lonely Planets" ou Guias Michelin dos melhores postíbulos e apenas o turismo gay está aceite pelos cânones do politicamente correcto através dos guias "Spartacus", os escravos do "amor exposto é para consumo na casa" têm de fazer como nas páginas amarelas e ir pelos seus dedo, arriscando e rezando a todos os santinhos dos putanheiros para não entrar num bordel de açoites nas nádegas, que não trouxe almofadinha para a bola.
Entrei num prédio-néon e O lutador de Sumo encafuado num smoking-para-gorilas abriu-me a porta do elevador. Com um sorriso de gola com goma que desconforta mais do que encoraja, apontando o botãozinho do 14º andar. A porta do elevador abriu-se directamente para um mar de poltronas dóceis, pernas esguias e decotes longos como a noite, iluminados por uma luz suave de champanhe.
No centro do pequeno palco, um japonês minúsculo de impecável fato claro dos mares do Sul com um lenço escarlate na lapela, sobrancelhas desenhadas a tinta da China e uns lábios fio de nylon, exalava em inesperada voz gutural - "All my friends are gone, and my hair is grey". O Leonard Cohen afinal era um japonês-diva-rabeta a cantar Tower of Song numa Torre de Babel de putas em Tóquio! Precisava decididamente do 14º whisky, um por cada andar daquele arranha-céus. Mesmo os putanheiros mais experimentados não conseguem evitar um calafrio de safio fora de água quando entram num lupanar. É um desconforto de entrevista para emprego numa companhia de navegação. Felizmente, o balcão do bar estende-se como bóia de salvação para os momentâneos náufragos, um rochedo seguro onde se pode beber em recuperação de fôlego e coragem.
Raros são os putanheiros portugueses capazes de entrar sozinhos num bordel desconhecido. Ou se fazem acompanhar de uma quadrilha selvagem para ter auditório para a malícia tonta das piadas brejeiras com que tentam atabalhoadamente disfarçar o terror do sexo e a culpa mórbida da transgressão moral; ou então tornam-se clientes habituais, para ser tratados como tais, como o fazem na marisqueira onde vão todos os domingos e tratam com familiaridade de sargento o empregado por pssst ó Zé - traz-me aí um travessa de percebes e uma imperial mista - é para já senhor engenheiro - trauteia de lá, em subserviência de falsete o Zé.
Este é o putanheiro de marisqueira da direcção do Benfica que só vai a bordéis-marisqueiras onde se sinta em casa e que empinado na nota de 100 euros trata com altivo desdém o Zé e a puta. Este é o tipo de putanheiro que eu não gosto, nem eu, nem o Zé, nem a puta.
Largo âncora no balcão e peço mais um marinheiro - escocês a nadar em Perrier. De toda a espécie de aviadores de copos do mundo, o barman de putaria é o que mais se aproxima em antipatia do taberneiro português ou da miúda-gira-que- serve-copos-no-bairro-alto-mas-é-actriz-de-novelas-para-cornudos. Dali não há que esperar condescendência ou psicanálise de balcão. Servir um copo é martelar um carimbo para esmifrar o papalvo com aparentes sinais de falta de cona. O melhor é não tentar ganhar a confiança destas madres superioras de bordel, que se portam como se fossem pais, irmãos, ou amantes das noviças, e se vingam do seu suplício de Tântalo em nós, pobres pecadores-bebedores.
Entaramelando duas braçadas no whisky sinto uma cauda de perfume vaguear-me no pescoço como um cachecol de caxemira. Altiva e esguia, passa por mim com uma ausência insinuante. Olho, ela pára e olha para trás sorrindo com uma brancura de espuma de mar: - Hi, baby all alone? Só e mal acompanhado - desabafo, fingindo intraduzível indiferença. É aliás a história da minha vida. E o resto já se sabe. Champanhe barato e broches sem história.
(in Visão)
Podia ser uma história de Natal, mas é só uma história bonita!
:)
RMB
O japonês só falava japonês e os filmes do Kurosawa não me davam sustento para cavaqueira. Por isso usámos a língua mais internacional do mundo - o escocês, espécie de esperanto dos povos copofónicos, pontuado com gargalhadas como vírgulas e com brindes como parágrafos. Ia no oitavo ou décimo brinde, já sem assunto e a dedicar uns planos de sabre Yakuza ao pianista-leninista, que na sua sonolência de zombie-relógio ia matraqueando o "New York, New York" pela oitava ou décima vez.
Rodei sobre os calcanhares do banco-giratório alguns 180 graus na esperança de avistar alguma Scarlett Johansson, e nada, nem sombra de pecado. Só homens de negócios galhofando como hienas com o humor típico de féretros. Todos os homens de negócios têm cara de agentes funerários. A diferença é que uns transportam mortos nas suas carrinhas e os outros são tanatoperadores transportados nos seus Rolls por motoristas-cadáveres. Estava com pouca disposição para velórios de bar de hotel. Despedi-me do barman e do meu japonês gordo com uma vénia exageradamente coreografada, traçando com a exactidão de uma régua a saída.
À passagem pelo teclista-funcionário do "Fly me to the moon" ainda tacteei os bolsos na esperança de encontrar a pistola com silenciador, para lhe espalhar os miolos na pauta-menú, ou um sabre de esventrar barrigas de fugu para lhe extrair o dedo do dó doloroso à maneira Yakuza, mas a única arma no bolso era mesmo um Lucky Strike de seis balas.
Descarreguei um no canto do lábio, arregacei a gola da gabardina à laia de Marlowe, preparando-me para enfrentar a chuva miudinha com ares de "cão danado", que é manha velha do viajante se sentir nativo do "bas fond" em qualquer latitude, longitude ou mesmo n seu próprio apartamento.
O hotel ficava perto da rua principal do Kabukicho, o infame red district de Tóquio.
É uma rua estreita que em passadas bem bebidas não bate a Avenida da Liberdade. Deambulei no meio de uma multidão-cardume que exibia uma biodiversidade digna de oceanário do vício.
O inevitável marinheiro americano de bícepes-destroyers, os yuppies-Sony cambaleando com espuma feroz no canto do lábio, as tribos adolescentes-manga - um misto de punk de Manchester com pipis das meias altas; os "gangsters" de imitação de braços tatuados a comer com pauzinhos uns fritos de cheiro atroz.
Uma autêntica Babilónia. E, olhando para o céu, os jardins suspensos da Babilónia. Os japoneses vivem em claustrofobia de safio, engordados na sua ilha pelo paciente lavagante americano. Depois de Iwo Jima, o expansionismo japonês foi circunscrito ao céu de arame farpado e aos motores Toyota das trucks do Texas. É para o céu que o Japão cresce despeitado.
E, é por isso que Kabukicho tem provavelmente o metro quadrado com maior concentração de putas do planeta. É como se o Red District de Amsterdão os casinos de Las Vegas e o porto de Marselha convergisssem numa só rua.
Os arranha-céus empinam-se numa fanfarronice de proxeneta, desafiando a paz assexuada dos anjos. Arranha-céus que no seu ventre guardam o desejo de todos os desejos. Jardins suspensos da Babilónia, o paraíso dos viciosos, dos libertinos, dos lavagantes implacáveis.
Como ainda não se fazem "Lonely Planets" ou Guias Michelin dos melhores postíbulos e apenas o turismo gay está aceite pelos cânones do politicamente correcto através dos guias "Spartacus", os escravos do "amor exposto é para consumo na casa" têm de fazer como nas páginas amarelas e ir pelos seus dedo, arriscando e rezando a todos os santinhos dos putanheiros para não entrar num bordel de açoites nas nádegas, que não trouxe almofadinha para a bola.
Entrei num prédio-néon e O lutador de Sumo encafuado num smoking-para-gorilas abriu-me a porta do elevador. Com um sorriso de gola com goma que desconforta mais do que encoraja, apontando o botãozinho do 14º andar. A porta do elevador abriu-se directamente para um mar de poltronas dóceis, pernas esguias e decotes longos como a noite, iluminados por uma luz suave de champanhe.
No centro do pequeno palco, um japonês minúsculo de impecável fato claro dos mares do Sul com um lenço escarlate na lapela, sobrancelhas desenhadas a tinta da China e uns lábios fio de nylon, exalava em inesperada voz gutural - "All my friends are gone, and my hair is grey". O Leonard Cohen afinal era um japonês-diva-rabeta a cantar Tower of Song numa Torre de Babel de putas em Tóquio! Precisava decididamente do 14º whisky, um por cada andar daquele arranha-céus. Mesmo os putanheiros mais experimentados não conseguem evitar um calafrio de safio fora de água quando entram num lupanar. É um desconforto de entrevista para emprego numa companhia de navegação. Felizmente, o balcão do bar estende-se como bóia de salvação para os momentâneos náufragos, um rochedo seguro onde se pode beber em recuperação de fôlego e coragem.
Raros são os putanheiros portugueses capazes de entrar sozinhos num bordel desconhecido. Ou se fazem acompanhar de uma quadrilha selvagem para ter auditório para a malícia tonta das piadas brejeiras com que tentam atabalhoadamente disfarçar o terror do sexo e a culpa mórbida da transgressão moral; ou então tornam-se clientes habituais, para ser tratados como tais, como o fazem na marisqueira onde vão todos os domingos e tratam com familiaridade de sargento o empregado por pssst ó Zé - traz-me aí um travessa de percebes e uma imperial mista - é para já senhor engenheiro - trauteia de lá, em subserviência de falsete o Zé.
Este é o putanheiro de marisqueira da direcção do Benfica que só vai a bordéis-marisqueiras onde se sinta em casa e que empinado na nota de 100 euros trata com altivo desdém o Zé e a puta. Este é o tipo de putanheiro que eu não gosto, nem eu, nem o Zé, nem a puta.
Largo âncora no balcão e peço mais um marinheiro - escocês a nadar em Perrier. De toda a espécie de aviadores de copos do mundo, o barman de putaria é o que mais se aproxima em antipatia do taberneiro português ou da miúda-gira-que- serve-copos-no-bairro-alto-mas-é-actriz-de-novelas-para-cornudos. Dali não há que esperar condescendência ou psicanálise de balcão. Servir um copo é martelar um carimbo para esmifrar o papalvo com aparentes sinais de falta de cona. O melhor é não tentar ganhar a confiança destas madres superioras de bordel, que se portam como se fossem pais, irmãos, ou amantes das noviças, e se vingam do seu suplício de Tântalo em nós, pobres pecadores-bebedores.
Entaramelando duas braçadas no whisky sinto uma cauda de perfume vaguear-me no pescoço como um cachecol de caxemira. Altiva e esguia, passa por mim com uma ausência insinuante. Olho, ela pára e olha para trás sorrindo com uma brancura de espuma de mar: - Hi, baby all alone? Só e mal acompanhado - desabafo, fingindo intraduzível indiferença. É aliás a história da minha vida. E o resto já se sabe. Champanhe barato e broches sem história.
(in Visão)
Podia ser uma história de Natal, mas é só uma história bonita!
:)
RMB
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
História do Natal - Digital
Continuando a explorar o tema do natal aqui vai um filme que achei que estava engraçado:
hoho!!!
MGV
hoho!!!
MGV
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Christmas Lights
Vou aproveitar a boleia da Gabriela e deixo-vos também uma nova música de Natal, que achei bem engraçada dos Coldplay.
No fundo é a sonoridade característica dos Coldplay, com um título de Natal (Christmas Lights).
No fundo é a sonoridade característica dos Coldplay, com um título de Natal (Christmas Lights).
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Last Christmas!!
Quem havia de dizer que conseguiam fazer melhor que o original!!?? e ainda por cima o nosso davidezinho!
Um feliz natal!
MGV
Um feliz natal!
MGV
terça-feira, 16 de novembro de 2010
You are what you do...
Uma lição de 5 minutos dada por uma de 12 anos a uma assembleia da UN (e ao Mundo!)...
No mínimo: admirável!
MGV
No mínimo: admirável!
MGV
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
As mulheres mais uma vez mandam nisto tudo...
Retirei este comentário do Publico de hoje, a propósito do aumento de juros da divida publica e do nosso (re)surgimento no Financial Times...
"Eis o que eu penso e considero-me uma grande cabeça com a 4ª. classe. Isto é tudo especulação e convém a muita gente, quanto mais se falar melhor. Eu é que estou entregue à bicharada a desmontar a placa da cozinha substituir as resistências, sé vejo fios e parafusos "pourque" a femme quer tudo comme il faut para a janta, mas vou conseguir caragoo. Eu se tivesse muito money comprava a dívida pública portuguesa e ficava rico. Portugal sempre. Viva o Pinóchio e o seu TGV."
Abr,
acr.
"Eis o que eu penso e considero-me uma grande cabeça com a 4ª. classe. Isto é tudo especulação e convém a muita gente, quanto mais se falar melhor. Eu é que estou entregue à bicharada a desmontar a placa da cozinha substituir as resistências, sé vejo fios e parafusos "pourque" a femme quer tudo comme il faut para a janta, mas vou conseguir caragoo. Eu se tivesse muito money comprava a dívida pública portuguesa e ficava rico. Portugal sempre. Viva o Pinóchio e o seu TGV."
Abr,
acr.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Retrato desolador ou homenagem
A notícia é da Visão online, e refere-se a esta música com um retrato desolador de um banda espanhola a Portugal.
Depois de ver o vídeo e ler a letra, parece-me que a intenção é outra. Soa-me mais como uma homenagem sincera e até carinhosa a Portugal.
Aqui fica para a vossa apreciação.
Yo soy como Portugal, todos me descubren tarde y mal
Un país sin visitar, hacia el final, al que nunca da tiempo a llegar
Lo que tenemos yo y mi amigo Portugal
es que parece que lo nuestro siempre lo hay mejor o igual en cualquier otro lugar
Y es que a mí, como a ti, amigo Portugal son pocos los que quieren venirme a investigar
Na na na na na na na
Yo soy como Portugal, todos me descubren...
Lo que tenemos tú y yo, amigo Portugal,
es que da igual que yo me arregle o que tú cada verano montes más de un festival
Quem visita o Alentejo? Quem conhece o rio Mondego? Demasiado ninguno
Yo soy como Portugal, todos me descubren...
Portugal, Portugal, Portugal,
yo te iré un día a visitar Paredes, Porto, Setúbal, Odemira y Sabugal
Portugal, Portugal, Portugal,
yo contigo siempre en soledad tú y yo juntos tan felices, no hará falta nadie más.
RMB.
Depois de ver o vídeo e ler a letra, parece-me que a intenção é outra. Soa-me mais como uma homenagem sincera e até carinhosa a Portugal.
Aqui fica para a vossa apreciação.
Yo soy como Portugal, todos me descubren tarde y mal
Un país sin visitar, hacia el final, al que nunca da tiempo a llegar
Lo que tenemos yo y mi amigo Portugal
es que parece que lo nuestro siempre lo hay mejor o igual en cualquier otro lugar
Y es que a mí, como a ti, amigo Portugal son pocos los que quieren venirme a investigar
Na na na na na na na
Yo soy como Portugal, todos me descubren...
Lo que tenemos tú y yo, amigo Portugal,
es que da igual que yo me arregle o que tú cada verano montes más de un festival
Quem visita o Alentejo? Quem conhece o rio Mondego? Demasiado ninguno
Yo soy como Portugal, todos me descubren...
Portugal, Portugal, Portugal,
yo te iré un día a visitar Paredes, Porto, Setúbal, Odemira y Sabugal
Portugal, Portugal, Portugal,
yo contigo siempre en soledad tú y yo juntos tan felices, no hará falta nadie más.
RMB.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Coreografia low-cost
Uma excelente ideia para o momento das instruções de segurança a bordo (low-cost filipina).
:)
Fica a dúvida se os passageiros do sexo masculino (e não só...) se lembrarão de qualquer coisa relacionada com o tema, na eventualidade de alguma desgraça.
(De qualquer modo, nunca faria uma grande diferença. Quantos passageiros de aviões que infelizmente caíram utilizaram os coletes de salvação e o apitozinho?)
Beijos e abraços.
RMB
:)
Fica a dúvida se os passageiros do sexo masculino (e não só...) se lembrarão de qualquer coisa relacionada com o tema, na eventualidade de alguma desgraça.
(De qualquer modo, nunca faria uma grande diferença. Quantos passageiros de aviões que infelizmente caíram utilizaram os coletes de salvação e o apitozinho?)
Beijos e abraços.
RMB
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Vamos nos inscrever??
Iniciativa 10:10
O plano é este: Todos nós cortamos as nossas emissões de CO2 em 10% durante um ano, a começar em 2010.
O 10:10 é iniciativa world wide em que pessoas e empresas se juntam ao esforço de redução das emissões de CO2 e se compromentem num ano a baixarem as suas emissões em 10%.
Para lerem mais e se increverem aqui vai o site: http://www.1010global.org/pt
As quintas vão aderir?
O plano é este: Todos nós cortamos as nossas emissões de CO2 em 10% durante um ano, a começar em 2010.
O 10:10 é iniciativa world wide em que pessoas e empresas se juntam ao esforço de redução das emissões de CO2 e se compromentem num ano a baixarem as suas emissões em 10%.
Para lerem mais e se increverem aqui vai o site: http://www.1010global.org/pt
As quintas vão aderir?
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