quinta-feira, 24 de maio de 2007

Caros Amigos

Nos ultimos dias ouvi falar dos despedimentos que a Delphi ira' fazer na unidade da Guarda, e e’ muito triste para as pessoas envolvidas mas a Delphi sempre se pautou por uma politica de respeito pelos seus trabalhadores e so' chega a um cenario de despedimento colectivo ou deslocalizacao por extrema necessidade.
No entanto, a situacao financeira da empresa nao e propriamente a melhor e e' preciso salvar a empresa nem que signifique sacrificar alguns. Estamos a meio de uma restruturacao e ja no mes de marco pela primeira vez em muitos meses conseguimos equilibrar as operacoes nos EUA. A concorrencia da Delphi e feroz e qualquer margem positiva que se consiga obter traz beneficios em relacoes aos outros competidores, por essa razao a Delphi procura zonas com mao obra mais barata.
Os nossos governantes tem de perceber que Portugal nao pode estar a depender de industrias que baseiam o seu lucro em mao de obra intensiva porque haverao sempre paises mais baratos que nos e a distancia que nos separa da Alemanha, por exemplo, e muito superior a que separa a Rep. Checa, Romenia, Eslovaquia ou Polonia e logo ai estes paises tem duas vantagens competitivas em relacao a Portugal.
As pessoas tem de perceber que as empresas nao sao misericordias, o principal objectivo e' a geracao de de valor acrescentado aos accionistas.

Abraco
Pedro

6 comentários:

RMB disse...

Foi o Conselho de Admnistração que te encomendou este texto? O Blogue (ainda) não tem tanta exposição mediática.
;)

Falando a sério, já que o próprio assunto o impõe, isto é apenas o espelho da triste e desgraçada realidade do país, que se acentua ainda mais no interior.

Infelizmente a Delphi é apenas mais um exemplo.
Deveriamos ter aproveitado enquanto o nosso contexto miserável se apresentava ideal a estratégias de M-O intensiva.

Agora, nem conseguimos ser bons na mediocridade!!!

Somos um país à deriva... Que mais tarde ou mais cedo naufragará!

Atirem-nos a bóia dos "Estados Unidos da Europa"!

dr_radzif@yahoo.com disse...

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Pedro disse...

Meu amigo
Quando se esta numa empresa destas fica-se um pouco irritado com as noticias sem sentido a apelar ao sentimentalismo provinciano de pessoas que nao percebem a realidade em que estamos envolvidos.
Nao estou a defender as posicoes da minha empresa apenas a constatar uma realidade para a qual o Governo necessita de tomar medidas antes que seja tarde demais.
Abraco
Pedro

RMB disse...

Será que o Dr. Radzif ainda vai a tempo de salvar Portugal?
:)

Anónimo disse...

O Dr. Radzif parece ter o discurso correcto...ca para mim, o manuel pinho ja tem substituto...

Agora a serio,
falo um pouco daquilo que sei de portugal (so o que me chega pelos jornais)...
Nunca tivemos uma industria forte de construcao de automoveis (salve.se autoeuropa) e creio que so em 1998/2000 se comecou a falar de investimento em industrias complementares (componentes automoveis), ou seja, cablagens e outros materiais que normalmente sao construidos por regime de subcontratacao, que devem estar localizadas nas proximidades da principal fabrica. Assim, o colectivo torna.se suficientemente forte para evitar a deslocalizacao individual das fabricas.
Acredito que apesar de estas fabricas de componentes serem MO intensiva, se estiverem todas concentradas numa mesma area, com boas acessibilidades a meios rodoviarios/ferroviarios, entao este amontoado nao e' facil de deslocalizar.

Em Mlada Boleslav (rep checa, noroeste de praga) trabalham 10'000 pessoas numa fabrica da SKODA. O seu salario medio ronda os 18'000 CZK mensais (12 meses).

Nunca tivemos, creio eu, uma fabrica de automoveis com uma dimensao semelhante. E creio que por isso, nunca tivemos todas as fabricas de componentes em Portugal, as multinacionais nao devem ter tido sequer a preocupacao por montarem uma fabrica em Portugal, dado o reduzido numero de fabricas automoveis.

Assim, como nunca fomos fortes na area automovel, e' natural estarmos sujeitos a qualquer decisao de deslocalizacao de empresas como a Delphi.

Todas as areas de negocio de MO intensiva estao sujeitas desde ha alguns anos a estas deslocalizacoes bruscas, a nao ser que alguem (Governo?API?Empresarios com dois olhos para o negocio (com dois olhos para os gamancos ja temos muitos) ) se lembre de estar sempre um passo a frente e conquistar/aliciar as varioas empresas individuais fornecedoras de produtos/componentes de uma dada industria.

Como e' aquele ditado...?
Sem ovos, ... nao ha jantar!

Abr
acr.

ps outro dia um conhecido meu disse.me que os politicos deveriam ganhar o dobro.
Eu ao principio hesitei e pensei "aqueles *&&^%$%£## ainda querem mais dinheiro a nossa custa?" . Mas no dia seguinte la se aclarou a nevoa que tinha no pensamento e pensei "Que grande ideia,era desta que aqueles &*&*^~@:## eram encostados e assim conseguiriamos aliciar pessoas crediveis da sociedade para assumir cargos politicos."
E' tudo uma questao de saber como lhe dar a volta...subam os salarios dos politicos, inclusive do primeiro ministro! Cortem nas ferias e subam-lhes os salarios!!

RMB disse...

Parece-me claro que conforme sugeriste, André, um dos passos a ser dado para inverter o contexto actual deveria passar por, de facto, cativar para carreiras políticas muito bem remuneradas a malta com competências "de outra dimensão"!´

É óbvio que a excelência está onde existe muito dinheiro.

No entanto, todo o processo de selecção destes eventuais top guns da política teria que ser bastante transparente e imune ao factor C.

Eu defendo sem reservas um cenário de "meritocracia" nos cargos-chave, já não diria nos cargos meramente políticos, mas pelo menos nas pastas técnicas de governação.

Paralelamente qualquer gestor público deveria ser um verdadeiro craque, com um curriculum de verdadeiras provas dadas.

Naturalmente teriam de acenar a esta malta com muitas verdinhas! D

Deveria ser sustentada a ideia de que ser governante em Portugal seria a actividade mais compensadora possível a todos os níveis.

Depois viria necessariamente o reverso da medalha.
Avaliação continua de desempenho, análise de resultados e objectivos atingidos. Falhou... Rua! Estão mais trezentos top guns à porta, sedentos de fazer melhor e serem milionários!

Onde se conseguia ir buscar orçamento para isto?
Muito fácil, as remunerações de faraó estariam indexadas aos incrementos obtidos nas Receitas (governantes) e aos lucros atinjidos pelas empresas(gestores públicos).
Tipo contrato de avançado centro craque, em que parte significativa do salário depende dos golos obtidos.