segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Luxo em tempos de crise??

Iniciativa no mínimo curiosa:

Hotel de luxo norte-americano, o Rancho Bernardo Inn Golf Resort & Spa, em San Diego (Califórnia)oferece acomodações de luxo e pequeno-almoço para dois por 219 dólares (€155)o Survivor Package (pacote de sobrevivência). Mas mediante algumas concessões por parte dos hóspedes o preço pode ir até, imagine-se, 19 dólares (€13). Passe-se a enumerar: sem pequeno-almoço, 199 dólares; sem minibar, 179; dispense-se o ar condicionado ou o aquecimento e passa a 159; some-se ausência de almofadas e dá 139 dólares; lençóis 109. E continua: nada de iluminação, 89; toalhas, 59; e sem produtos de casa de banho (papel higiénico incluído), 39 dólares. E o que é preciso prescindir para chegar aos almejados 19 dólares? Simples – basta dispensar a cama e dormir num aposento de luxo, mas no chão.

Mas quem é que quer ficar num hotel de lucho a domir como um backpacker (ou pior)?

Só n'America???

2 comentários:

ACR disse...

Nao quero tirar o merito desta noticia.
Acrescento apenas outra forma de venda: ha quem ofereca tudo por um preco unico, tipo a meio da tabela.
Na Alemanha, devem ter assistido nos jornais, um bar de alterne oferece um pack total por uns 75 euros. Colocando a questao sexista a parte, o que eu verdadeiramente pretendo evidenciar e' que por vezes em epocas de crise tambem existem estrategias de venda de extras por um preco unico.

Creio que o importante em ambos os casos e' a taxa de ocupacao.

OUtro exemplo que em Portugal passa um pouco despercebido e' a happy hour. Conceito simples: o custo do espaco e' debitado pelas 24 horas, o custo dos empregados pelo tempo de trabalho. E assim, para evitar filas de espera e rejeicao de clientes nas horas altas, costumam sugerir menu happy hour, onde por um desconto as pessoas tem acesso a praticamente a mesma comida.

O mesmo se passa (so mais um caso) com os transportes publicos. O que faz verdadeiramente o custo da empresa sao as horas de ponta, ou seja, as horas em que o maior numero de viaturas e' utilizado. Findo esse periodo de pico, as viaturas estao la, os motoristas tambem, de maneira que as empresas com caracter comercial tem a disposicao de clientes passes para horarios especificos (off-peak). Se bem que em portugal esta estrategia nao e' muito utilizada, em muitos paises ja existe uma larga tradicao deste tipo de mecanismos associando horario e preco.
et voila!

MGV disse...

Eu percebo a estratégia.

Neste caso, contudo, não entendo é o que o utente ganha. Não pode usufruir de nada!! A não ser poder sentar-se na sala de estar e quem sabe admirar as vistas... Ou será cobrada um taxa?

Um campanha que eu acho um delícia (ainda não está em vigor): bilhete grátis (sempre) para quem quiser viajar na ryanair mas de pé!