Passei por este texto e quis partilha-lo com todos vós.
Vale a pena a leitura, acreditem, pelo texto em si, pelas verdades que encerra, e por quem o escreveu, para além de todas as suas caracteristicas que pessoalmente admiro, por ser lisboeta e europeu.
Abraços
«Primeiro, as verdades.
O Norte é mais Português que Portugal.
As minhotas são as raparigas mais bonitas do País.
O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela.
As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.
Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à
vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca.
Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco
ao olhar. Até o granito das casas.
Mais verdades.
No Norte a comida é melhor.
O vinho é melhor.
O serviço é melhor.
Os preços são mais baixos.
Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia.
Estas são as verdades do Norte de Portugal.
Mas há uma verdade maior.
É que só o Norte existe. O Sul não existe.
As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta.
Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte.
No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista?
No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.
Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país.
Não haja enganos.
Não falam do Norte para separá-lo de Portugal.
Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal.
Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal.
Mas o Norte é onde Portugal começa.
Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo.
Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, > Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito> pequenina. No Norte.
Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa. Mais ou menos peninsular, ou insular.
É esta a verdade.
Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte. Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.
No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa.
O Norte cheira a dinheiro e a alecrim.
O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho. Tem esse defeito e essa verdade.
Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.
O Norte é feminino.
O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher
portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.
As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos. Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer.
Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte. Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente. Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial. Só descomposturas, e mimos, e carinhos.
O Norte é a nossa verdade.
Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no
Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores. Depois percebi.
Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O Norte".
Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente.
No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima. Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita. O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os- Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.
O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm e dizer "Portugal" e "Portugueses". No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse
só um nome. Como "Norte". Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?».
por Miguel Esteves Cardoso
24 comentários:
Um texto muito bonito que partilho totalmente.
Tenho muito orgulho em ser do Norte e por isso gostava de agradecer a quem contribuiu para engrandecer esta parte do país e torna-la tao maravilhosa como ela é:
O treinador de Setubal Jose Mourinho. Os jogadores brasileiros, principalmente o Deco e o Jardel. Os espanhois que investem no comércio e na industria textil. Os ingleses que investiram na industria do vinho. Os celtas, os romanos, os visigodos, todos os que por ca passaram e deixaram a sua marca no nosso ADN cultural.
A todos os milhoes de imigrantes que tiveram que sair do Norte para procurar uma vida melhor em paises mais desenvolvidos e que enviaram, com sacrificios, dinheiro para ajudar a desenvolver os que ca ficaram.
Aos empresarios que recusaram o terceiro-mundismo e trouxeram para a nossa terra tudo de bom que existe la fora e nao foi criado no Norte: os barcos rabelos que navegam no Douro, os telemoveis, o cimbalino, o tabaco, os automoveis que substituiram as nossas carroças, os foguetes para iluminar as nossa festas, os romanos que trouxeram a religião que alegra a nossa vida e as nossas procissões, as batatas que pomos na nossa comida, o molho ingles que pomos nas fancesinhas, os noruegueses que nos deixam pescar la o bacalhau que pomos na ceia de Cristo (judeu e portanto arabe de nascença).
Um bem haja aos muçulmanos que trouxeram laranjas e diversidade arquitectonica.
Aos americanos e japoneses pelos computadores.
Aos cidadao Armenio Gulbenkian que trouxe arte, bailado e uma fortuna consideravel para o nosso pais.
E aos emigrantes de leste e de africa que construiram com o seu suor o nosso novo aeroporto em troca de um salario miseravel.
Obrigado a todos!
Menos aos terceiro-mundistas complexados não gostam do progresso e desenvolvimento do nosso Norte!
PC
Não posso deixar de referir que em muitas situações em que conheço pessoas novas aqui por Lisboa, ouço o comentário "Você é do Norte!"
As pessoas não se põem a adivinhar se sou do Porto, Braga ou Bragança... A identidade do Norte está sempre presente.
Essa identidade tem, obviamente, influências geográficas externas (algumas bastante notórias conforme referido pelo Pedro), mas sobretudo resulta do Norte (o "nosso Norte") não ser mais de que um pedaço de terra onde as cidades, por maiores que se tenham tornado (como é o caso do Porto), ainda conservam as suas características de aldeias.
E são essas características de aldeia, fundamentadas na ligação à nossa terra (ao "nosso Norte") que nos dão um pilar, um alicerce fortíssimo para que nos sintamos "em casa" quando estamos no Norte e, mais importante do que isso, para que façamos sentir como que estejam em casa as pessoas que não sendo do Norte, por lá andam...
E isso, meus caros, só se sente no Norte... e é algo que só é transmitido na perfeição por pessoas do Norte...
E é isso que dá a verdadeira identidade ao Norte. São as pessoas do Norte e o seu modo de estar que dão essa identidade.
E é essa maneira de ser das pessoas do Norte que é reconhecida por todos aqueles que não sendo do Norte por lá passaram ou que tiveram oportunidade de privar com pessoas do Norte...
É isso que sente o Mourinho ou o Jardel. É isso que sente o francês ou o alemão que conheceu um emigrante português do Norte, mesmo nunca lá tendo estado...
É isso que nos faz ser do Norte e ser sempre reconhecidos como tal.
Abraços,
AMR
Devo-vos dizer que sinto orgulho de ser do Porto, do Norte e de Portugal. Acho que as pessoas aqui sao mais autenticas mas porque o progresso aqui chega sempre mais devagar. Nos nao temos nenhuma cidade em que por dia entram 1 milhao de pessoas, as sedes das grandes empresas estao na sua maioria em Lisboa, mas felizmente nao temos os males das cidades cosmopolitas como Lisboa mas tambem nem tudo podia ser mau.
Eu faco o meu papel de nunca dizer mal do meu pais e da minha regiao quando falo com pessoas de outros paises. Nao gosto da atitude do coitadinho que muitas vezes se descobre em Portugal.
Pedro se bem entendi tu estavas a resumir o modo de pensar das pessoas de Lisboa que nao sao aversas a novas tecnologias ou a novas formas de pensar contrariamente ao que se passa no Norte. Lembra-te das auditorias que fazias por ca e lembra-te da resposta que recebias quando tentavas dar um conselho. " Nos aqui fazemos assim ha muitos anos para que mudar Sr. Dr.??". O texto do Esteves Cardoso seria igual se falasse dos Acores porque as tradicoes tambem estao muito presentes mas gostavas de ficar la a viver?, acho que nao.
Quando vamos a Lisboa e facil para eles perceberem que nao somos de Lisboa, acho que o sotaque e evidente, uns mais do que os outros, LOL... Mas Antonio, porque e que achas que te perguntam se es do Norte? Porque se estao a cagar para o resto de Portugal... Para eles a unica cidade em Portugal e Lisboa, o resto e para ir visitar os familiares ou para ir de ferias... Querem la saber se es do Porto, de Viana ou de Ponte Lima... e tudo aldeia.
Por isso peco aos que optaram por ficar no Porto, lutem para que o Norte seja reconhecido por ser inovador e nao porque tem barcos rabelos e uns galos que nao morrem quando sao grelhados...
VAMOS FAZER O NORTE GRANDE!!!
PBE
Antonio e Pedro, uma excelente descrição do que é ser do Norte!
Partilho da vossa ambição: vamos fazer o Norte grande!
Vamos lutar pelo identidade de aldeia, no bom sentido, que referes! E para isso, é preciso tambem ter a humildade de admitir que ha coisas menos boas que têem que ser melhoradas (que é o ponto que o MEC não referena sua poesia) (nem tinha que fazer, é so uma poesia).
Repara, se um Americano nos ouvir, dirà: Patético! Estes palermas estão a falar de quê? Eu é que tenho um grande orgulho em ser do maior país e mais poderoso do mundo que luta pela liberdade. Se nao fossem os meus soldados, estes patetas estariam sem identidade e a falar alemão. Ridiculo, diria o Americano.
É legitimo. A America é um grande país, muito evoluido, mas com os seus problemas, tambem.
Agora, o que eu quero dizer é que para termos as coisas boas dos outros, mantendo o que é nosso devemos ter cuidado com o que atacamos. É preciso pensar bem.
Por exemplo, o nossa cruzada contra os mouros de lisboa, é justificada se for uma revolta contra o centralismo do poder politico e economico, e mesmo desportivo, esse tipo de coisas.
Devemos é ter o cuidado, no meio do nosso nacionalismo e bairrismo, regionalismo todo, de não ser fundamentalistas e começar a rejeitar tudo o que não é do Norte só porque é diferente.
Por exemplo, o que vem de Espanha. Podem dizer o que quiserem, mas eu preferia ser um "Nortenho" de Espanha, do que um "Nortenho" de Portugal.
Um galego!
Porque teria na mesma a minha identidade, mas viveria num pais mais desenvolvido.
Mas continuaria a ser do NORTE, repara! E faria a minha cruzada contra o centralismo de Madrid!
Só porque nos fomos educados a pensar que a vitória contra os espanhois foi uma vitória, não deixes de pensar que se calhar o Afonso Henriques e os que correram com os Espanhois, foram isso sim, os nossos COVEIROS.
Que grande potencia mundial seria hoje a IBERIA (PT+Espanha+America Latina). Rivalizaria com USA, Russia, India, UE, estariamos no G9 e no conselho de segurança da ONU!!!
A mesma coisa com a Europa. Com todos os seus problemas, são eles que nos sustentam e nos ensinam o caminho.
E, ja agora, porque será que as empresas estão em Lisboa e nao no Porto?
Os estrangeiros é que decidem para onde querem ir, e não querem saber se são do Norte ou do Sul. Nao querem saber de conversa fiada!
Se calhar, se perdessemos 50% do tempo que perdemos a atacar Lisboa, nos preocupassemos mais em falar para os espanhois, americanos e europeus sobre o investimento no Norte, as virtudes do Norte, as relações comerciais possíveis, etc...
... se calhar seriamos hoje a capital ...
Nao vale a pena agora culpar os outros pelo nosso insucesso...
Mas claro ... temos os olhos verdes da menina do Minho, pois temos ... mas tambem sabemos todos que não é isso que ajuda a comprar o bacalhau ou pagar a prestação do leasing ao fim do mes ...
...
tenho dito !!
Frontalmente, como um verdadeiro homem do Norte!
Pedro, lamento só agora percebi... o texto que postei não tem qualidade alguma... eu vi logo, bastava ler aquilo para perceber que não despertava qualquer ponta de interesse e era desprovido de qualquer valor intrinseco... deixo-te a razão para isso e para o teu sossego, o tipo de esceveu esta porcaria de texto, é a favor da penalização do Aborto, logo, um completo atrasado mental desprovido de qualquer raciocinio... Peço imensa desculpa a todos por ter postado o texto, não tinha essa informação assaz relevante sobre o até agora intelectual MEC... a partir de hoje não lhe reconheço capacidade alguma...
Junto apenas alguns dados (Wikipedia) sobre Portugal e o Norte.
Um estudo sobre qualidade de vida feito pelo Economist Intelligence Unit ou EIU Quality-of-life Survey Quality-of-life Survey coloca Portugal em 20º lugar nos países com melhor qulidade de vida.
O ranking anual de competitividade do Fórum Económico Mundial (WEF – World Economic Fórum), coloca Portugal no 22º lugar, à frente de países como a Espanha, Irlanda, França, Bélgica e Hong Kong. Esta classificação representa uma subida de dois lugares face ao ranking de 2004. No contexto tecnológico, Portugal aparece na 20ª posição do ranking e na rubrica das instituições públicas, Portugal é 15ª melhor.
O NORTE de Portugal vai ter o primeiro parque mundial de aproveitamento da energia das ondas.
Fim de citação
Para quem quiser saber mais:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal#Antiguidade
Uma vez mais mil desculpas Pedro, eu juro que não sabia... esse filho da puta do MEC nunca me enganou... que grande atrasado mental... Desculpa Pedro, desculpa... desculpem todos!!!!
Agora que te pedi desculpa não batas mais em nós, que somos pobrezinhos, terceiro mundistas e desprovidos de intelectualidade e raciocinio... Por favor Ser iluminado, não nos batas mais, não nos envergonhes mais com a tua sabedoria...
Um texto apaixonante e apaixonado sobre o Norte.
Gostei imenso!
Pedro, não concordo muito com o teu sentimento apátrida.
Percebo que tenhas uma visão globalizante das coisas, mas isso não exclui necessariamente o bairrismo que em minha opinião é perfeitamente natural de existir.
Podes perfeitamente ser um cidadão do mundo, mas seres um cidadão do mundo portuense e português ! Qual o problema?
PS: Como é que isto deriva sempre para o aborto?
Malta,
Nao percebo qual e confusao aqui.
Eu so disse que por muito que se goste do Norte, um gajo nao pode insultar as outras partes do mundo como o MEC faz e o miguel acha piada, e pior do que isso, convencer-se que somos os maiores do mundo e nao temos nada a aprender com os outros.
RMB, apatrida, eu? Nao mais do que tu. Em que pais foram fabricados os teus sapatos, o teu carro, o teu telemovel, a tua serie de televisao preferida, a tua musica que citas nestes blogs, os jogadores de futebol que que dao alegrias, etc.. etc..?
E o MEC tambem nao parece gostar muito do seu pais, pela maneira como fala de algumas regioes do nosso pais.
Isso do patriotistmo e bairrismo e muito bonito, mas gera mais atraso que desenvolvimento.
Felizmente, esse nao e DE TODO, o espirito dominante dos portugueses. Sempre fomos sim, um povo de descobridores, globalizadores, colonizadores, exploradores.
1/3 dos teus compatriotas vivem em outros paises. Em todos os continentes se fala portugues. Misturamos-nos com todas as racas. Vamos a qualquer pais, e esta la o tuga.
Essa gente com visao e que contribui para os rankings do Miguel.
Os que so veem nao veem para la do seu umbigo sao lastro que os visionarios carregam as costas ...
PC
O barrismo ou nacionalismo não é algo menor. Não é defeito. Não é um entrave ao desenvolvimento de um país, de qualquer país.
Numa coisa concordo contigo, Pedro: para ser grande há que pensar em grande. Só vence quem quem acredita em si, na sua identidade. É isso ser nacionalista. É isso ser bairrista.
Senão vejamos: a América, a Alemanha, a Espanha, países citados como exemplos de desenvolvimento além fronteiras, são também exemplos de orgulho, arrogância e até de algum "autismo nacionalista".
Não. Não é o bairrismo que nos atrasa, bem pelo contrário.
Só quando somos arrogantes, convencidos é que nos transformamos em audazes, em pessoas capazes de supreender e enfrentar o mundo, conquistar fronteiras. Nesse momento transformamo-nos na encarnação dos nossos avós, dos nossos conquistadores, dos nossos emigrantes, do nosso povo... do nosso NORTE!
Olà MGV,
A tua exposição é só parcialmente verdadeira.
O que tu dizes é que é um trunfo "ser arrogante", "nacionalista",
"orgulhoso", "autista", "convencido",para "surpreender", "enfrentar", "conquistar", em suma VENCER.
É o que o MEC faz, ao dizer coisas como:
e.g: "A Madeira é inglesada", "Depois do Norte, o país limita-se a correr por ali abaixo .." "Sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa", etc..
É bonito, não é?. É real?
Não sabemos.
Percebes com certeza que ha outras formas de vencer que se baseiam na inteligencia, percebendo, adaptando, aprendendo, imitando, copiando, etc..
São formas mais seguras do que acreditar só em "marcas".
O bairrismo é simplesmente uma necessidade de te sentires "parte" de alguma coisa maior. Um sentimento humano legitimo. Uma necessidade básica.
Ter orgulho de ser "Nortenho" é uma óptima mensagem se estiveres a falar para "Nortenhos".
Mas ...
Sentir-se do "Norte", não significa nada de tão especial assim para os que não são do Norte. Não penses que é mais do que sentir-se do "Real Madrid", "Catalão", "páraquedista", "comando", "protestante", "muçulmano", "motard", "metaleiro", do "jet-set", "blogger", "contra o aborto", etc... etc... etc...
São marcas.
Servem objectivos, nomeadamente o de mover massas (normalmente com um intuito comercial) e dar conforto e sentimento de pertença aos seus membros.
O meu ponto, e desculpem esta divagação toda:
Alguem comanda as massas e alguem é comandado.
Para alem de alguma satisfação por causa do sentimento de "pertença", o que mais é que o facto de seres do "Norte" te tem trazido nos ultimos tempos?
Mais atraso, ou mais desenvolvimento? Quando ser dos Norte nos impede de ser MAIS do que só do Norte ... atrasa-nos.
Ao comprares esta marca, quem está a fazer melhor negócio?
Quem te vende esta marca? Quem dirige esta parte do mundo?
Ou nós, que a compramos?
A capital não está no Porto. As empresas tambem não. O MEC diz que o dinheiro está. Estará? Se calhar, nem em Portugal estará. Estará em Espanha?
Se tivessemos optado por nos "aliar" a Espanha no passado, em vez de os combater só porque eles eram "espanhois" e nós "portugueses" (ou seja, tinhamos marcas diferentes) se calhar estariamos melhor agora, não?
É assim tão apatriótico pensar assim?
Claro.
Se calhar porque Portugal é uma marca que nós compramos e bebemos todos os dias do supermercado da vida .... !!!
Mas não quer dizer que seja a melhor ...
E para fazê-la melhor, não basta fazer propaganda arrogante a dizer que somos os melhores a ver se os outros acreditam.
É preciso fazer exactamente o contrario, criticar tudo o que está mal no "Norte" e copiar os outros para ficar tão bons como eles.
PC
Devo dizer que isto de estar fora tem as suas vantagens. Quando chegamos há imensa literatura para por em dia….
Obrigada Miguel. De repente fizeste-me recordar os cheiros, sons e imagens das férias de juventude passadas no Minho. Ainda hoje é ao Minho que regresso todos os verões.
Lembro-me da avidez com que lia as crónicas do MEC quer no Expresso e mais tarde no Independente, quer na Kapa, de onde, aliás acho que é esta crónica.
Sempre gostei de o ler. Mais do que de o ouvir ou ver. Acho que com humor e exagero, conseguia sempre caracterizar classes da sociedade e capturar uma certa forma de ser português.
E este texto é um exemplo de isso mesmo. Acho que conseguiu capturar uma certa atitude que existe no Norte. É verdade que nunca conheci uma Minhota insegura e sempre achei que são as mulheres mais bonitas de Portugal, não apenas pelo aspecto físico mas pela atitude.
Sempre fui bairrista e nacionalista, não no sentido de achar que somos melhor do que os outros mas no amor que sinto pelos meus sítios e pelas minhas raízes. E, calhou ser do Norte. Chamem-me saloia….
Foi com alguma surpresa que li os teus comentários, Pedro. Pensei que encarasses o texto como aquilo que ele é, um sketch humorístico com algumas verdades e que apela ao sentimento e não à razão. Perdeste a capacidade de tirar prazer da leitura? Tudo terá de ser sério? Não há espaço para sorrisos?
Fiquei um pouco preocupada com a tua dureza, com o tom cáustico com que pareces reagir a tudo….
Por isso aqui vão alguns comentários ao teu comentário:
- Verdade, verdadinha, foi um treinador de Setúbal e esses jogadores brasileiros que trouxeram as mais recentes glórias ao nosso FCP. Claro que podiam ter sido contratados pelo SLB ou pelo SCP e ter tido os mesmos resultados….ou não. Foi alguém do Norte que provavelmente é um criminoso e merecia estar preso, que se lembrou de os contratar. Assim fica por provar, ceteris paribus, que tivessem feito o mesmo noutro lugar (aliás, o Mourinho, até agora ainda não fez lá fora, na Europa civilizada, aquilo que conseguiu fazer no FCP).
- Acabaste de responder a uma pergunta que sempre fiz a mim mesma: Porque é que os ingleses, povo empreendedor e esperto, vieram para o Norte investir no vinho? Podiam ter ido para Lisboa, ou Alentejo, ou Algarve…. Espera aí… Para o Algarve já foram mas não consta que tenham investido no que quer que seja.
Eles vieram para o Norte por mero acaso… teriam tido igual sucesso em qualquer outro local, até na Galiza, onde tornariam famoso o vinho produzido nas rias baixas…..
- Os milhões de Imigrantes que saíram do norte foram na realidade emigrantes (os imigrantes são os que entram). Sobre isto apraz-me dizer o seguinte: Não foram obrigados a sair do país em busca de uma vida melhor, apenas pessoas do Norte. Tanto quanto sei, ainda hoje se vive tão mal no Alentejo como em algumas zonas do Nordeste transmontano. No entanto, concordo contigo, que se calhar foram os nortenhos os que tiveram maior audácia de arriscar. Não tenho os números da distribuição demográfica da emigração……
- Tudo o que veio de fora, veio por igual para Portugal e não exclusivamente para o Norte. Que eu saiba os nortenhos não têm o exclusivo do consumo de batata, bacalhau e café…..
- A influência árabe na arquitectura do norte de Portugal, até com alguma pena minha, não é relevante.
- Não percebi bem a influência directa do sr. Arménio Gulbenkian no Norte, mas deves querer dizer que, se nos pusermos ao caminho, podemos ir a Lisboa, já não ver o bailado (porque esse acabou) mas tudo o que ele fez por Portugal…..
- Relativamente aos emigrantes de leste e de África, que são imigrantes, também não são um exclusivo do Norte e têm tanto de bom como de mau….
Finalmente, para seres correcto, nessa tua Ibéria, terias de acrescentar a África de expressão portuguesa e alguma Índia, e eu não te sabia colonialista….Além disso, acho que não gostaria de pertencer ao país responsável pela extinção de 3 civilizações, mas se calhar sou eu que estou errada e afinal devo olhar para a história do meu país como um grande erro de casting….
Fiquei deprimida depois de ler o que escreveste. Acho que vivo no pior sítio do mundo….
Acho que radicalizaste, apenas pelo prazer de extremar, aquilo que pretendia apenas ser um exercício de caracterização. Simpático mas do qual não é possível retirar as ilações que retiraste.
Aliás, concordo com a Gabriela, foi o nosso orgulho enquanto nação que nos levou tão longe no passado e é o nosso sentimento de sermos uns coitadinhos que nos traz tão em baixo no presente.
Adicionalmente, o aborto……
Aquilo que era interessante nos primeiros dias tornou-se enfadonho porque passou a ser estéril. Dá vontade de dizer, “Parem lá com isso!”
A propósito da proposta do PSD, não devias sublinhar apenas os pontos que servem os teus propósitos.
Além disso, corrige-me se estiver errada, o PSD não tomou qualquer posição quanto ao assunto, razão pela qual foi excluído da elaboração da proposta de lei……como assim “impor a sua crença”???? Em quê? Na vida intra-uterina? Não lhe chames vida porque te contradizes. Se fosse vida seria grave a sua interrupção. Não te parece?
Pelo que li na notícia que simpaticamente transcreveste, o aconselhamento obrigatório não coloca em causa a liberdade de decisão da mulher. Assim, na Alemanha, esse modelo civilizacional, este aconselhamento é obrigatório. Mas, o que seria de esperar desses fascistas? Não me parece que se trate de ter médicos a obrigar as mulheres a terem filhos mesmo depois de terem decidido pelo aborto, aliás como deves saber, existem muitos médicos a favor do aborto. Acho que se trata apenas de mostrar com uma clareza que nem sempre existe nestas situações, as saídas que possam eventualmente existir. E, acima de tudo, se este aconselhamento existir será mais fácil conhecer as causas sobre as quais se deve intervir. Para quem tiver certeza da sua decisão não terá qualquer influência o aconselhamento. Para quem tiver dúvidas, decerto que será uma ajuda…..
Não sei como consegues ler obrigação onde se escreve aconselhamento.
Nunca acreditei que o mundo fosse a preto e branco. A zona cinzenta é demasiado grande para sermos tão radicais.
Pelo que percebi a sugestão de vir a questionar constitucionalidade da lei é colocada pelo jornalista…..
Penso que nem acreditas em tudo o que dizes porque és demasiado radical e esqueces que nada nesta vida é igual perante olhos diferentes. E os meus, são verdes como a minhota do MEC e sou uma fervorosa nortenha, sem que isso me tolde os olhos.
Bem, nem sei se tiveram paciência para ler isto até ao fim, mas concluo pelo Pedro e pelo Miguel e pela Gabriela e pelo Rui, com um sentimento de pertença a uma identidade que não é palpável e muitas vezes indescritível, não passível de racionalização mas que aquece a alma e que se traduz poeticamente. Afinal o que seria a nossa vida sem poesia?
Vá, Pedrito, anima-te. Não vejas em tudo o que se escreve, motivo para batalhas campais.
Bjs
Ola Teresinha!
Ainda bem que as pessoas reagem aos meus posts, é sinal que se estao a debater ideias. Se fosse um blog só para ler poesia, de certeza que encontramos muitos outros sites, com muito mais poesia que este:)
Consideras-me radical e duro. O Miguel diz que eu tenho a mania que tenho superioridade moral e mais nao sei o quê. Isso tudo deixa-me em parte contente, porque no fundo, vocês contestam sempre o meu tom e não os meus argumentos.
Mas olha que curioso:
Eu defendo radicalmente ideias de liberdade e respeito pelos outros.
Vocês defendem com palavras bonitas ideias radicais e fundamentalistas.
E tu admites que o texto apela a sensibilidade e nao a razao. E tem meia duzia de verdades. O problema sao as meia duzia de mentiras que la estao.
A questão do "Norte"-
Desculpa, mas eu quero ser mais do que só "do Norte". Esta "etiqueta", esta "marca", como eu lhe chamei, incomoda-me um pouco. Se há algumas coisas que me agradam na nossa entidade colectiva, outras desagradam-me sobremaneira. O problema é que ao ser do "Norte", quem não é do "Norte" vê coisas em mim que não sou. E a culpa, é dos radicais, como este MEC, que para mim, é um parvo. Lá por ser poeta, não deixa de ser um parvo quando escreve:
"O Norte é mais Português que Portugal"
"As minhotas são as raparigas mais bonitas do País."
"O sul não existe"
"Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo"
"O norte cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho"
"os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses)"
"As raparigas do Norte, andam de mãos nas ancas"
"No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto"
"O nome do Norte é Portugal."
Eu quero ser mais do que isto. Isto que esta aqui em cima, são radicalismos. Chateia-me que se ande a passar a ideia, atraves da poesia no Expresso, que as pessoas do norte são arrogantes, achem que o Norte é mais do português que Portugal, etc...
Não quero que o Norte seja mais portugues, mas mais Europeu, quero que as mulheres tirem as maos das ancas, que parem de dizer mal do Sul, que as merdas nao funcionem com cunhas e conhecimentos, etc.. etc..
E acima de tudo, que os radicais fundamentalistas parem de dizer que o Norte é assim, porque eu sou do Norte e não sou assim!.
Sou do Norte e gosto muito dos olhos verdes da emigrante russa, da arquitectura arabe, de ir a Gulbenkian, do gajo de Setubal que nos liquidou ontem, dos alentejanos que nao gostam de arriscar, etc...
Fiz o meu ponto?
o Aborto -
Mais uma vez, deixa-me defender com radicalismo a liberdade.
Tu como mulher tens responsabilidade acrescida quando falas sobre isto.
O jormnalista cita: "Os sociais-democratas lembram que uma das leis fundamentais é que a vida humana é intocável "
Isto é uma clara alusão à Consituição, Teresa.
Cuidado.
Eles querem impor uma leitura da constituição que é errada. Não há vida humana, há vida intra-uterina o que lhe queiras chamar, e esta vale o que vale. Antes das dez semanas, foi votado, que a mulher tem direito a nao querer ser mae.
Disseste:
"Acho que se trata apenas de mostrar com uma clareza que nem sempre existe nestas situações, as saídas que possam eventualmente existir."
Teresa, quem vai a consulta ja decidiu que quer abortar. Por razões que teem ver com a sua vida pessoal. O aconselhamento vai ser sobre quê? Sobre alternativas para permitir mudar a vida da mulher de forma a ela poder ter a criança?
Explica, nao te limites a ser vaga.
Dizes:
"E, acima de tudo, se este aconselhamento existir será mais fácil conhecer as causas sobre as quais se deve intervir."
Novidades: A causa é: engravidou sem querer. Não pode ter filhos nesta altura. Isto nao vai mudar.
Combater o aborto é aplicar legislacao para apoio economico e mulheres nesta situação e dar preservativos a borla, para que nem cheguem as consultas sequer.
Finalmente (ESTA É A MINHA GRANDE CRITICA):
consulta para informacao, ok, para perceber as razaoes da vida dela que a levam a abortar, para reunir info estatistica.
mas ...
OBRIGATORIO?????
porque "consulta obrigatoria"???
O que é que OBRIGA a mulher a ir à consulta?
É obrigatorio falares sobre a tua vida privada para exerceres um direito do opção, que é teu?
porquê?
Não percebo muito bem é a indignação que uma consulta obrigatória pode criar.
Se eu bem entendo o projecto hoje pré-aprovado implica essa consulta obrigatória. Médica.
Qualquer intervenção implica um consulta, porque antes de tudo mais existe uma questão da saúde da mulher. Ou após a aprovação da despenalização isso deixa de ser um assunto do teu interesse, Pedro?
Claro que essa consulta terá mais que um cariz científico terá um cariz pessoal. Mas isso qualquer consulta ao ginecologista. Se calhar a tua indignação é devida à igorância...
Quando vais ao ginecologista perguntam sobre o nosso passado e presente sexual e aconselham. Mas ao contrário do que tu queres fazer parecer não é para devassar a vida privada da doente mas para a proteger.
Mas abandonando de vez esse tema. Faço minhas as palavras da Teresa. A discussão relativamente ao aborto é uma discussão já desgastada e desinteressante.
Se calhar a solução passa criar um blog próprio. Assim eu a Teresa consultamos uns sobre poesia tu sobre o aborto!
Voltando à questão do nacionalismo e o bairrismo...
O país Espanha, que tu promoves, é um dos maiores exemplos de regionalismo/bairrismo que existe. País onde existem provincias que falam oficialmente uma outra língua, provincias que pela força da bala se querem separar do resto de Espanha. É um país que dobra tudo que seja produção estrangeira.
Essa é um característica de cada país. Essa é a identidade de cada país.
É por isso que uma pessoa viaja. Ou melhor, é por isso que eu viajo. Para captar a essencia do país de uma cidade. Se Roma e o Romano fossem igual ao inglês e ao londrino qual era o interesse de o conhecer?
O facto de ser portuguesa e portuense e, se me permitem, portista não me faz estanque a outras culturas. Faz-me é capaz de transmitir um pedaço da minha. É com isso que o mundo se torna uma manta de retalhos e as fronteiras se esbatem mas nunca sem perder a cor do meu pedaço.
Bj
Pedro, eu sei que tu tanto como eu e o resto da malta gostas do Norte, de ser do Norte, de ser portuense, português e já agora portista.
Acho que esse sentimento pode conviver perfeitamente com a tua condição de europeu e defensor da globalização.
Claro que gosto de música inglesa e americana, comprei um carro alemão e gostos de marcas não nacionais. Mas isso não me tira a minha condição de nortenho, pois não?
Por ser do Norte e gostar do Norte não estou contra o mundo. O norte e o Porto mais particularmente é que são a minha identidade. E eu tenho a minah identidade no mundo global. E ainda bem que assim é!
Eu gosto de ser do Norte, como gostei ontem quando os Super Dragões calaram Stamford Bridge com os seus cânticos, eanquanto a minha equipa fez uma primeira parte de sonho. A minha equipa do Norte com gajos de todo o lado! Mas foi uma equipa do Norte!
Uma coisa não invalida a outra Pedro.
O MEC tem muitos exageros na crónica, mas só para enfatizar o sentimento. Nada mais, é só uma crónica exagerada como sempre foram todas as que ele escreve.
Tu mesmo serás sempre nortenho e portuense, independentemente de onde estejas, enquanto cidadão de um mundo global.
É só isso, Pedro. Respira! És do Norte e tens orgulho, não é assim?
Bom dia a todos!
Eu sei que o vosso bairrismo e nacionalismo é mais saudavel do que o do MEC do que o dos bascos que põe bombas e dos Espanhois que dobram filmes. Mas a essencia é a mesma. Vocês têm necessidade de sentir-se parte de "algo". Eu cada vez menos. Não me sinto menor mas maior por isso.
Porque acho, e mantenho o que disse, que o bairrismo e nacionalismo geram atraso, não desenvolvimento.
Faz-nos pequeninos.
Para alem do "sentimento de pertença" que se ganha com isso, nada mais nos é dado. Apenas tirado.
Eu preferia que existisse um só país, um só governo, um só parlamento, uma só lei, uma só língua OFICIAL no mundo, nenhuma religião possivelmente, nenhumas fronteiras, nenhumas regiões. Isto não quer dizer que se deva acabar com a cultura, a língua, as tradições, etc... São coisas diferentes.
UM CLUBE, UMA LINGUA, UMA CULTURA, não tem região nem nacionalidade. Devem ser superiores a isso.
Preferia isto, porque não existiram orçamentos com ministérios de defesa, militares e fronteiras, existiram politicas concertadas para parar a destruição do planeta, porque haveria infinitamente mais emprego disponivel para mim em qualquer parte do mundo, estaria em contacto com muitas mais culturas, poderia viajar muito mais, poderia ter a acesso a muitos mais produtos e serviços para o meu benefício (bens economicos ou culturais).
Volto a dizer, apesar de querer ter uma "identidade", não preciso de um "sentimento de pertença", eu não quero ser do "Norte" ou "do Porto" para as pessoas dos outros países ou do meu país. Isso para mim, é muito pouco, limita logo o que as pessoas pensam de mim. EU SOU MAIS DO QUE ISSO!
Eu quero ser o PEDRO e tenho muitas coisas para revelar sobre a minha identidade, em termos de trabalho, musica, linguas, cinema, desporto, o clube que eu gosto, etc... a quem quiser saber.
Obrigado, mas não preciso dessa etiqueta adicional que me querem pôr em cima, porque ser do "Porto" ou ser "do Norte" não quer dizer nada sobre mim, ou quer dizer eventualmente coisas que eu não sou. É um estereótipo sem sentido.
O nacionalismo é uma coisa em declínio e ainda bem.
Os alemães nao comem salsichas e bebem cerveja! Os nortenhos não são malcriados, arrogantes e trabalham só por cunhas! As mulheres do minho não são as mais bonitas do pais! Isso não é cultura. Dizer coisas destas é estupidez.
Ah! Ja me esquecia. E, se algum parvo qualquer não tivesse feito a guerra da independencia contra Espanha em 1500 ou 1600, em nome do conceito nacionalista "Portugal", EU HOJE EM DIA TALVEZ FALASSE PORTUGUES E ESPANHOL, SERIA ADEPTO DO FC PORTO, TERIA OS MESMOS GOSTOS E CULTURA, E VIVERIA NUM PAIS MAIS RICO, COM POSSIBILIDADE DE EMPREGO EM TODA A AMERICA LATINA + CENTRAL + ESPANHA E ATÉ SUL DOS USA. O meu passaporte diria "Cidadao Espanhol". E depois? Seria uma pessoa com menos identidade por isso? Acho que não.
Vocês que são novos e viajados, têm obrigação de perceber isto. As necessidades do chinês não são diferentes das nossas: trabalho, bens economicos e culturais, uma vida tranquila, confortavel, amigos, familia e divertimentos.
Um chinês = Um nortenho
O FC PORTO , RUI, AO CONTRARIO DO QUE TU PENSAS, JÁ NÃO É DO "NORTE". NÃO TEM NADA A VER COM O NORTE.
HÁ PORTISTAS NO SUL, NASCIDOS EM LISBOA E DEIXA-OS SER PORTISTAS SEM SEREM DO NORTE.
NÂO QUEIRAS FAZER O FC PORTO PEQUENINO!
...
Uma ultima palavra para a Gabriela, sobre o tema (gasto) do aborto.
O que eu acho que está gasto é o argumento "unico" e completamente subjectivo, da existencia de "vida humana" que o PSD e os defensores do não se agarram, porque não teem mais nada para dizer, portanto repetem ate a exaustao.
Gabriela - Eles queriam uma consulta obrigatoria (SCI) como um "intervenção de aconselhamento no sentido de tentar prevenir o aborto".
Não é cientifica, como tu dizes, percebes? É obrigatoria e é para convencer alguem a não abortar.
É isso que me choca. O aborto não tem que ser prevenido a partir do momento que se admite que é legítimo a mulher fazê-lo até certo ponto de desenvolvimento do feto. Muito menospor consultas obrigatoria.
O que se tem que prevenir, é gravidezes indesejadas, dando apoio a todas as mulheres para que não caiam nesta situação. ISSO é que o PSD devia propor, em vez de tentar colocar entraves na lei para tentar ganhar o referendo na secretaria.
Se a consulta for obrigatoria e houver listas de espera para mais de 10 semanas, como é que se faz uma interrupção de gravidez. Explica?
APC
Bom dia!
Oh, Pedrito, baixa lá a metralhadora! Parece que estou num pelotão de fuzilamento…..
Não te parece ridículo tanto barulho à volta de um texto do MEC? É que nem sequer estamos a falar de um clássico da literatura.
“Eu preferia que existisse um só país, um só governo, um só parlamento, uma só lei, uma só língua OFICIAL no mundo, nenhuma religião possivelmente, nenhumas fronteiras, nenhumas regiões. Isto não quer dizer que se deva acabar com a cultura, a língua, as tradições, etc... São coisas diferentes.”
Devo dizer-te que já foi diversas vezes tentado…….com muito maus resultados….vê lá, não caias em tentação….
Ok, Pedro. Tu não tens qualquer necessidade de um sentimento de pertença. Mas por que é que as pessoas que o têm, quer seja a uma família, região país, clube, religião, terão de ser olhadas com limitação? Estamos a assumir pessoas normais e não fanáticos.
Se uma pessoa é mais feliz por esse sentimento de pertença, por que não o há-de ter?
Eu não gosto mais de ti por seres Pedro um cidadão do mundo do que por seres Pedro um cidadão do mundo que por acaso é Portista. As coisas não têm de ser mutuamente exclusivas. E a diversidade é um bem global…..
Não é o tema do aborto que está gasto, Pedro. É a discussão…..
Tu dizes “Obrigatória, por quê”? Eu digo “Por que não”?
Se a mulher já decidiu, não é a consulta com o médico (que até pode ser favorável ao aborto) que a vai fazer mudar de ideias. O problema, Pedro, é que ao contrário do que pensas, na maior parte das vezes a mulher não decidiu.
A maior parte das mulheres que recorre ao aborto não pertence a essa classe do “Quero abortar porque não me apetece ter um filho agora”.Essas vão continuar a ir a Espanha ou a Clínicas privadas. De certeza que, sendo a pessoa informada que és, sabes que as mulheres que mais recorrem ao aborto, são as que têm condições sociais mais problemáticas (droga, prostituição, condições financeiras).
Dizes-me que sou vaga. Talvez não me tenha expressado bem. Aqui vai um exemplo:
Há 4 anos, a filha da minha empregada em S. João da Pesqueira, veio para o Porto, trabalhar numa loja no shopping, iludida com uma teórica independência….
O namorado dela passou a vir ao Porto visitá-la. Um dia, fomos acordados de madrugada porque ela estava no H.S. João com uma infecção. Além de tudo o mais, estava também grávida. E desesperada. Foi a minha mãe que a acompanhou, que a trouxe para nossa casa e que lhe expôs todas as opções que tinha. Ela decidiu ter a criança. Ninguém lhe impôs nada. Aquilo que eu gostaria é que todas as mulheres como esta, pudessem ter alguém que as ajudasse nos mesmos moldes. Neste caso ela foi obrigada a ter aconselhamento. Da minha mãe.
A mãe dela teria optado por espancá-la, levava-a a uma “parteira amiga”, e ficavam com um segredo só delas….Que bonito!
Pedro, não são as mulheres que já decidiram que me preocupam. São as que não sabem o que fazer e lamentavelmente estas são a grande maioria. Mas, a menos que estas consultas sejam obrigatórias, ninguém vai querer ir por medo, vergonha, desconhecimento.
Pedro tu terás a tua opinião, esta é a minha. De quem já viu muitas crianças cujas condições de vida nos levam a pensar por que é que vieram ao mundo. E tu, quantas já viste? E o que fizeste? E não estou a falar de generalidades. Estou a falar daquela criança que vive na mesma cidade que tu, que fala a mesma língua e que chora porque tem fome, foi abandonada, mal tratada…
É ridícula a história das filas de espera. Ninguém com bom senso acredita nisso. Sabes quais são as listas de espera para consultas pré-natais? Zero (e estou a falar no HSJ!). Achas que há mais mulheres a querer abortar do que a querer ter filhos???????
Beijos
Ola Teresinha,
Eu baixo as metralhadoras quando ouço bons argumentos, vamos lá ver o que é que esta errado no meu discurso:
Eu gosto de pertencer a "algo". Sou humano. Gosto de pertencer a um clube. A uma familia. A um mundo. Mas não gosto de "pertencer" a um país, religião, ou região.
Vocês estao a misturar coisas diferentes.
Queres ver como faz pequenino?
Eu enquanto apercebido como católico, português, do Porto
Olha, posso ter problemas se quiser ser do Benfica. Posso ter problemas em falar com um muçulmano ou judeu. Posso ser maltratado nos outros países, quando for lá de férias, ou para trabalhar como imigrante. No sul posso ser visto como mal educado e arruaceiro por ser do Norte.
Isto não quer dizer que me tenha acontecido a minha mas acontece muitas vezes a muitas pessoas.
São tudo etiquetas que não gosto de usar porque as pessoas olham para mim como uma coisa que não sou.
A culpa é dos parvos que fomentam isto, como o MEC. Limitei-me a dizer que ser do "Norte" e dizer maldo "Sul" como ele faz é mau. Como faz o Rui que diz que o Porto é do "Norte". Se for assim, o Porto será sempre pequenino. Não quero que o Porto seja pequenino. Não quero que o Porto seja do Norte.
Prefiro ser só FC Porto, não do Norte. As pessoas misturam tudo.
Prefiria não ter que ter um pais ou regiao no meu BI, para nao ser estereotipado.
Infelizmente, sou obrigado.
Agora, o que me vem de mal, se gostar de Vinho do Porto? Se gostar de musica transmontana? Sapatos de felgueiras? Comer bem e barato comida minhota e pagar pouco? Não há nada de mal nisto. O problema é pôr tudo no pacote e dizer, sou do "Norte". Os resto é uma merda.
Ou seja, não percebi se concordas comigo, que ser do Norte ou Português, não me acrescenta nada, até tira, como já vimos pela História. Preferia ser Iberico, Europeu, Mundial, humano, só.
Permite-me uma correcçao, no entanto. Cometi um erro: Preferia que não houvesse nenhum país, nenhuma região, religião eventualmente, uma só lei, uma só lingua oficial.
Isto não quer dizer IMPOSTO por alguem. Os que tentaram tentaram pela força das armas. Um dia isto serà atingido, mas por um movimento colectivo consciente das pessoas, de que isso é melhor para todos, porque nos torna a todos MAIORES. Repara, alguns nao têem interesse nisso. Ganham dinheiro com a pequenez. A vender armas para Africa em vez de mandar comida. Se Africa fosse uma provincia da Europa, ja nao se fazia. Mas são "outros". Por isso são "exportações". Como se tivessemos a falar de exportar coisas para os Marcianos se matarem uns aos outros, nao sao pessoas, afinal.
Quereria dizer, que se todos os conceitos nacionalistas e bairristas caissem, não haveria necessidade de países ou fronteiras. Isto nao e uma ideia minha. O John Lennon ganhou milhoes com isto ha dezenas de anos.
Nunca ninguem disse que isto era errado. Quando muito disseram que era utópico. Impraticavel.
Chama-me visionario.
Um dia, quando cada um deixar de se preocupar com a sua quinta, isto vai acontecer, é a minha profecia.
E far-se-à eliminando as fronteiras rua a rua, bairro a bairro, região a região, país a país.
E será reconhecido por todos por uma grande evolução em termos de pensamento e inteigencia do ser humano, enquanto ser colectivo, não individual.
Ainda estamos longe, bem sei.
Para ja só me chateia esta apologia do "Norte", como se fosse um grande valor cultural ou de identidade ... É uma ilusão, o norte está tão cheio de idiotas como qualquer outro sítio qualquer.
O MEC, é um deles, e nem sequer é de lá.
O aborto=
concordo com consultas obrigatorias para informação. O PSD escreveu "para prevenir o aborto".
Explica-me como é que a tua mãe a convenceu a não abortar. Se isso teve alguma coisa a ver com promenores técnicos da intervenção em si e se poderia ter sido feito por um médico.
Não percebo, de todo o teu argumento.
As mulheres que ainda nao decidiram, precisam de falar com pessoas como a tua mãe, para entao, se a decisão for abortar, se dirigirem ao hospital e dizerem: quero abortar.
Mais. Teem que poder ir ao hospital, sem anonimato, se quiserem, abortar sem consulta (se forem traumatizadas e quiserem anonimato por serem envergnhadas, é um direito que lhes assiste!!!) e sem ter que dar explicaçoes à mãe que lhe vai bater.
Incompreensivel para mim quando dizes que se as consultas nao forem obrigatorias, ninguem vai querer ir por medo, vergonha, desconhecimento. (????)
Se forem confidenciais, facultativas e anónimas e IMPARCIAIS é que as pessoas poderão ir sem medo nem vergonha !!!
Por favor!!! Se não ha listas de espera, mais uma razao me das para que ninguem faça um aborto sem informação!!! Vao a consulta e perguntam tudo !!! E depois fazem o aborto!!!
Nao achas?
Nao acho que tenhas apresentado um argumento valido, a nao ser que me enganei em relação as listas.
Assumo o meu desconhecimento e peço desculpa pelo erro. Mas isso nao justifica a obrigatoriedade, e repara que o *PSD disse que era para "PREVENIR" o aborto, não informar!
Para prevenir o aborto, dá-se preseervativos à borla em cada esquina, em maquinas automaticas, nas farmacias, etc.. inlcusive a porta da filha da tua vizinha.
Quando ela ja esta as portas da tua mae, esta tudo perdido, ja esta gravida.
Como tu propria admites, se nao fosse a tua mae, olha o que lhe acontecia !!!!
Agora pelo menos, podera dirigir-se a um hospital, pedir uma consulta, (NAO SER OBRIGADA), marcar a interupcao da gravidez, e seguir com a vida dela,com saude.
Isto soa-me agradavelmente a civilização!!!
Ai desculpa, parece que ja estou a ouvir o miguel a vir da madeira aos gritos que se matou a CRIANÇA IMAGINARIA! O BEBE COM PERNAS E TUBO NEURAL E coracaozinho! Coitadinho! Ainda nao tinha sexo, mas era vivinho!! Uuuuii Que tragedia ...
Que hipocrisia ...
APC:
"FC PORTO , RUI, AO CONTRARIO DO QUE TU PENSAS, JÁ NÃO É DO "NORTE". NÃO TEM NADA A VER COM O NORTE.
HÁ PORTISTAS NO SUL, NASCIDOS EM LISBOA E DEIXA-OS SER PORTISTAS SEM SEREM DO NORTE.
NÂO QUEIRAS FAZER O FC PORTO PEQUENINO!"
+ APC:
"A culpa é dos parvos que fomentam isto, como o MEC. Limitei-me a dizer que ser do "Norte" e dizer mal do "Sul" como ele faz é mau. Como faz o Rui que diz que o Porto é do "Norte". Se for assim, o Porto será sempre pequenino. Não quero que o Porto seja pequenino. Não quero que o Porto seja do Norte."
Pedro, espero ter entendido mal e que de facto não me tenhas chamado de parvo. Quero acreditar que não, pois dar-me-ias liberdade de classificar como rídiculas algumaas das ideias que expressaste. No entanto, aceito-as de bom grado, são apenas a tua opinião.
Devo-te enfatizar, entretanto, que o FC Porto é do Norte! E claro que isso não o faz pequeno, contrariamente à conclusão que retiraste.
O FCP tem tudo a ver com o Norte, ó Pedro!
É SÓ uma das bandeiras da região e isso não o faz pequeno, dá-lhe sim identidade!
O grandioso FCP é admirado por pessoas de todo o lado, aí concordo, mas isso não lhe atribui características universais.
A tua conclusão é descabida, na minha opinião.
O Barcelona, último campeão europeu e um dos melhores clubes do mundo é da Catalunha, uma região ainda mais ferverosa que o Norte de Portugal e situada no teu país maravilha! No entanto, alguém põe em dúvida a dimensão mundial do Barça?
Eu deixo quem quiser ser portista , Pedro. Mas nem que os todos os milhões de chineses se tornassem adeptos seria possível o FCP deixar de ser do Norte. Entendes isso?
Ser do Norte não é ser melhor ou pior que os outros. É pura e simplesmente ter uma identidade, como têm as pessoas de todas as regiões do mundo.
Não te preocupes, dorme descansado porque o FCP nunca será pequenino, Pedro, mas continuará definitivamente a ser do Norte.
Só mais uma questão, explica-me isto:
APC
"...em qualquer parte do mundo, estaria em contacto com muitas mais culturas, poderia viajar muito mais..."
"Quereria dizer, que se todos os conceitos nacionalistas e bairristas caissem, não haveria necessidade de países ou fronteiras
...E far-se-à eliminando as fronteiras rua a rua, bairro a bairro, região a região, país a país."
Como existiriam "muitas mais culturas" para tu apreenderes nas tuas viagens se caíssem todas as barreiras de que falas?
Ou um mundo único, à John lennon, continua a ter diversidade cultural?
Parece-me à partida um pouco contraditório, mas acho que vais ser capaz de me explicar.
Afinal, eu não acho que sejas parvo!
Um abraço, meu amigo.
E não te baldes à medicação!!
;)
Olà Rui,
Facílimo responder as tuas perguntas!
a) Parvo é o MEC por dizer mal do SUL. Nao és tu. Tu só confundes coisas.
b) Ser portista é uma coisa que dá identidade a uma pessoa. Azul e branco, títulos, historial, cartão de sócio, grandes ídolos do passado, desporto, etc... Qualquer pessoa percebe, ao gostares do Porto, do que é que tu gostas e defendes.
Ser do Norte não dá identidade a ninguém, é um facto geográfico. Qualquer facto que queiras associar a um "Nortenho", que não seja um atributo geográfico, PODE ESTAR ERRADO. É um estereótipo sem sentido.
O problema é a confusão que tu fazes entre "Norte" e "FC Porto". O FC Porto não faz o "Norte" grande. Faz os portistas grandes.
O Barcelona não faz a Catalunha grande. Faz os adeptos do barcelona grandes.Eu por exemplo tenho um grande amigo que é de Vigo e vive em Madrid e que não tem nada a ver com a Catalunha.
Se um dia to apresentar e lhe disseres "Ahh! grande Catalunha, hã??" ele, aí sim, vai achar que tu és parvo.
Como tu saberás, há pessoas do "Norte" que detestam o Porto, o FC Porto, a aldeia, as procissões, as cunhas, pode até detestar a comida.
Fazer uma apologia dos "portugueses", dos "nortenhos", é uma ficção.
Faz-me pequenino. Atribui-me caracteristicas, umas verdadeiras, outras falsas. Até nem sotaque tenho que ter. Se não tiver, já sou menos "nortenho" que tu? Está bem, seja.
Não quero ser "nortenho" porque não percebo bem o que isso me torna, não é uma identidade legível, clara para mim! Foi algo que alguem inventou e que a mim não me diz nada. É só um facto.
Eu não vou para aí dizer às pessoas: "Sou um homem!" "Sou um português!" "Sou um portuense!"
É parvo.
As pessoas vão olhar para mim e dizer:
"Parabens!" E então? O que é que queres dizer com isso? (este gajo e maluco)
Há coisas que gosto e não gosto em Portugal, no Porto, em ser homem ou mulher ...
Nao é uma identidade, entendes??
Agora se eu disser: "Sou portista!".
Está claro que aí estou a dizer uma coisa que me dá uma identidade muito forte e que as pessoas percebem exactamente do que é que estu a falar (calcanhar do madjer, etc..)
Isto tudo só para te explicar, que, se todas as "regioes", "países" e fronteiras cairem, não perco nada" Só ganho na qualidade de mal-entendidos que elimino!
O MEC faz o contrário.
Não queiras fazer o mesmo ao dizer que o FC Porto é do "Norte". Isso é um facto geográfico que toda a gente percebe.
Entende que o FC Porto não faz grande o Norte, mas os portistas.
Que quando alguem diz lá fora do país, "Sou do Norte do Portugal", ninguem vai arriscar dizer: "Parabens pelo FC Porto". As pessoas racionais sabem que nao é bem assim e podem estar a cometer um erro e a ofender a outra pessoa.
Não queiras cometer o mesmo erro em ofender outros portistas (não eu) por dizeres que em Stanford Bridge estavas orgulhoso por estarem uns Superdragoes do NORTE a berrar là. Deixa cair o "Norte": Diz só por estarem uns portistas a berrar, porque eles podem ser emigrantes portugueses do Sul e a viver em Londres, como eu conheci muitos. Não os ofendas. Não deixes perceber que os Superdragoes do "Norte" te deixam mais orgulhoso do que essa gente.
Não os faças pequeninos. São do FC Porto, tambem. A origem deles não devia importar, para ti.
c)Acho que deixei claro pelo exemplo acima, que se não houvesse passaportes, paises ou regiões, haveria sempre FC PORTO, alheiras, musica, linguas diferentes, culturas diferentes.
São coisas transversais à nacionalidade.
Vai a Londres e veras bairros onde tudo é chinês, outros onde tudo é tudo português.
Não te preocupes, se o Brasil e portugal acabarem, continuara a haver rodizio a brasileira e bacalhau.
Sim, se as fronteiras caissem, poderia ir à Coreia do Norte, ver como é que as coisas são por lá, ver por mim mesmo.
Poderia arranjar um emprego mais facilmente nos USA se me apetecesse ir para la. Agora, só posso na Europa. Já não é mau.
Não percebo porque é que tens que misturar "queda das fronteiras" com "queda das culturas".
As culturas caem e mudam constantemente, o teu "Norte" não e o mesmo de há 100 anos atràs. A cultura do "Norte" é diferente e variada na concepção de cada pessoa.
Com exactidao, o "Norte" é apenas uma regiao geografica.
Acho que jà me estou a repetir.
Termino então com uma "farpa" como tu terminaste:
Como vês, o John Lennon tinha razão. Se calhar, foi da "medicação" que o gajo tomava. Se calhar precisas de tomar um pouco tambem para chegares lá..
RMB,
Se o FC Porto crescer e começar a ter milhões de sócios chineses e ingleses, um estádio em Johanesburgo, outro na China, outro no Porto, deixas de ser Portista?
Se o nome for mudado para FCP para não ofender os chineses e africanos sócios, deixas de ser portista?
(devo lembrar que já foi Football Club, no passado)
Se sim, estás a querer fazer o Porto pequenino, como eu digo.
Só queres ser portista se estiver relacionado com a zona geográfica onde vives.
Os portistas fazem o clube grande. Independentemente da origem.
Se só quiseres sócios do "Norte", o porto, por muito que ganhe, serà sempre pequenino na sua base de apoio.
Por isso é que te custa quandos os benfiquistas dizem que o clube deles é maior. È verdade. Ha milhoes deles no "Norte" e nos outros países.
São mais pequenos em títulos, mas maiores em base de apoio.
E pode ter a certeza, que quanto maior a base de apoio, mais hipoteses de sucesso eles têem.
O nosso objectivo, deve ser, ficar maior que eles em base de apoio tambem, visto que no relvado ja somos melhores. Acho que e isso que queres tambem.
Se todos os sócios forem chineses, infelizmente, não gostarei, porque seria um porto chinês. Isso tambem seria "pequenino", lmitado geograficamente, e tambem criticaria!
Podes dizer que gostas de ser pequenino, ter uma identidade, so tua. É legitimo.
Respeito.
Nem todos podem querer ser grandes.
Eu podia querer ser sócio do Espinho.
É muito digno e respeitável.
Interessante.
Percebe que isso não ajuda muito ao teu desenvolvimento, à tua cultura.
Mata a tua cultura, a longo prazo.
Aborto:
Pelo que percebi o que te choca na notícia relativa ao PSD é o facto de qual deve ser o intuito da consulta obrigatória. O de combater/prevenir ou informar. Acho que te estás a esconder atrás da semântica que por sua vez pode ter sido criada pelo próprio jornalista.
Se o intuito é aconselhar pode muito bem ter como consequência pervenir.
Causa, efeito. Não vejo a pertinência.
Como refere a Teresa, e é óbvio para todos, o problema reside no desconhecimento das alternativas. De alguém mais velho e mais consciênte que possa informar para que depois a escolha seja consciente.
Porque Pedro a primeira escolha será sempre abortar. Porque é a mais simples. A que à partida faz desapecer o problema... a gravidez. É institivo. è infantil. Já o fazem as crianças quando são apanhadas a fazer algo de errado. A primeira reacção é mentir. E Pedro não caias no argumento fácil de dizer que eu com isso estou a dizer que é errado a opção do aborto ou abortar. O que eu quero mostrar é que para que possa optar em consciência tens que estar informado.
Aí reside a diferença entre a filha da empregada da Teresa e as outras filhas das empregadas.
A consequência foi ter mas poderia ter sido abortar.
Porque a decisão é complexa não pode ser "aliviada". Só um homem para argumentar que a razão para uma mulher abortar é porque não apecete ter o filho. Se assim é melhor para a criança porque não foi educada por esse tipo de pais.
Norte:
Não sei como é o teu amigo sendo da Galiza e vivendo em Madrid podia reagir à Catalunha... Mas se fores à Catalunha perceber que eles reagem e muito à sua região. Chegando ao ponto de pouco falarem Castelhano.
Mais. Eu estive em Barcelona na altura que o Figo foi para o Real e eu testemunhei a reacção deles. E a rivalidade é para além da da clubística.
Como vês até no paraíso Espanhos existem regiões e rivalidades entre elas. è normal. Está assente na história. E essa não podemos apagar. Por isso que o Porto vai ser sempre do Norte e um estandarte do Norte. Foi lá que nasceu.
Como de lá nasceu o nome Portugal.
Aonde reside o problema?
Tu nasceste numa cidade, foste criado num sítio, a tua família tem uma origem. IIsso torna-te no Pedro que éés. So te torna menor se o aassim quiseres. O que tu fazes com a tua vida depende das tuas escolhas.
Tu é que estás a ser pequeno ao achares que pertenceres a algo ou alguém te limita. Em quê?
Ao ires para os Estados Unidos está-te a limitar. Vais sempre residir lá e não noutro sítio. E obviamente vais absorver a cultura de lá. E se depois fores para a àsia o mesmo acontecerá. Tens que renegar o passado para viver um futuro?
Não. Há espaço para tudo.
Para o ontem, para o hoje, para o amanhã. Para o de onde vim, para o onde estou e para o onde vou.
Ps- é claro que um dos inconvenientes da globalização é descaracterização. Como pessoa viajada sentes isso.
smgGabriela,
Para decidir em consciencia, é necessário falar com pessoas e informar-se sobre tudo. Muito bem. Aplaudo. Disponibilizem-se consultas com médicos, assistentes sociais, tudo o que quiseres. Sim elas devem falar com todas as pessoas mais velhas. Se quiserem.
Não tens direito a obrigar ninguém a ser "aconselhado".
Ainda que te meta "nojo" porque achas que "há uma vida" que esta a ser eliminada por se seguir um caminho mais simples. Não há. Mais tarde havera mais vontade e a mulher tera esses mesmos filhos mais tarde, relaxa!
Respeita.
Não sejas arrogante para outras mulheres que não pensam como tu e não acham uma interrupção de gravidez nada de mais.
Dizer que é obrigatorio uma consulta quer dizer que hà algo de "errado nesse acto". Se acreditas nisso, boa sorte, não abortes.
Elas adquiriram um direito.
Não gostas, tem paciência. Aceita.
Ou pode, ou não pode interromper a gravidez. Se pode, tem que ter o direito a não querer ser "aconselhado".
Posso fumar ou não posso fumar.
Se quiser fumar, fumo e morro.
Não sou obrigado a ter uma consulta para ser aconselhado a "não fumar".
Ou posso, ou não posso.
Ou há bébé, ou não há!
Percebes?
Essa obrigatoriedade só se justificaria se considerasses que tinhas que proteger 3ºs.
O bébé já não existe. Cientificamente, nunca existiu. Só na cabeca de alguns. Não tem que ser protegido.
Isso é uma ficção tua. És uma versão soft do Miguel. Pelo menos (graças a Deus!) votaste contra a criminalização!! Ao menos isso!!!
Vocês todos mais o PSD deviam preocupar-se com a distribuição de preservativos gratis em todo o lado.
Essa á a causa das interrupções de gravidez. Falta de prevençao e mulheres que não querem ter filhos (por muitas razoes, umas mais critcaveis que outras).
O PSD (não o jornalista) disse: "O estado deve proteger a vida humana, obrigando para isso a mulher a ser aconselhada para prevenir o aborto"
Quer dizer, depois de todas as conversas em familia, a mulher ainda tem que ir ouvir alguem para dissuadi-la da sua opção (se esta la, e porque ja decidiu abortar). O PSD escreveu isto.
Nao me digas que não se le aqui que a aborto e algo mau que deve ser prevenido! Isto é contra aquilo que foi votado em referendo. Foi despenalizado, não esta errado. Nao esta errado, nao tem que ser prevenido.
Quem achar que esta errado, tem liberdade. Não aborta. Quem nao acha, aborta.
Eu compreendo que te choque. É sinal que acreditas que há um bébé. Não te critico por isso. Aceito. Não estou chateado contigo.
Não fiques chateada comigo tambem.
Eu respeito os outros, embora não concorde sempre com eles.
.... e em relação ao Norte...
Constato que para ti é importante ser parte de algo mais pequeno, mais restrito.
Isso faz-te sentir mais "caracterizada",com mais "identidade" Há mais pessoas iguais a ti. Tens pontos de referência.
Queres que o Porto seja sempre do Norte.
Está bem. Nunca será a capital de Portugal por causa de pessoas como tu.
Queres que o FCPorto só tenha adeptos da tua região.
Está bem. Será sempre mais pequeno que o Benfica. Tambem podes optar pelo Rio Ave, se quiseres. Tambem é do Norte e mais característico, mais "nortenho" em termos dos seus sócios.
Escolhe o Leça, como o Antonio e o Joaquim. É bonito amor deles pelo Leça. Eu gosto de ver.
Mas eu sou um pouco diferente.
O mundo é um bairro e tu estás ireemediavelmente marcada pelo que està no teu quarteirão. Pela tua origem, como dizes. No teu quarteirao anda-se de bicicleta e veste-se de verde. Eu ja fui ao bairro vizinho e aprendi a andar de mota e a vestir de azul. Ainda hei-de aprender a voar e vestir de amarelo e tu andaras de bicicleta e de verde.
Ja não ando de bicicleta e de verde.
O que me chateia no meio disto tudo, é que sempre que passo a fronteira do bairro e mostro o passaporte verde, e notam o sotaque do Norte, dizem-me assim:
"Você é do Norte!"
"Sou, - digo eu."
"Você não devia estar vestido de verde? Onde é que està a bicicleta ????"
Estou "descaracterizado" porque me globalizei ...
Gabriela, pensa melhor pf antes de dizeres certas coisas ...
Eu quando encontro um Catalao tenho o cuidado de nao lhe perguntar se é do Barça, se é "fervoroso", e se gosta de "rivalizar" com outros espanhois.
Um pais, uma origem, uma região não devem dizer nada sobre mim, ao contrario do que tu defendes.
Isso é limitar-me.
Ha milhoes de portugueses com quem eu não tenho absolutamente NADINHA a ver. Outros são iguais a mim.
Portugal é só uma linha traçada num mapa.
Pedro,
eu não fico chateada contigo. Obviamente. Isto é um debate de ideias.
Aborto:
No teu mundo ideial a mulher/jovem que aborta discutiu com a família e namorado/marido e depois decidiu. Na realidade não. Porque na maioria das famílias não existem essa abertura ou informação.
Falamos de realidades diferentes. De bairros diferentes. Tu falas-me do teu de camisola verde vivo de marca onde as pessoas são inteligentes e informadas e eu do bairro da camisola verde desbotada. Onde as oportunidades de vida e de conhecimento não são as mesmas. É no sentido de protecção dessas pessoas que a proposta foi desenhada. Porque a lei existe para proteger as minorias, os mais fracos, quem não detem o poder, a informação. E esse principio é transversal a toda a legislação. Foi por isso que se debateu o não. Para proteger quem achavam que era o mais penalizado a munlher que abortava e ainda era criminalizada.
Quanto aos preservativos gratuitos:
Isso já existe. E eu já fui buscar uns a um centro de saúde. E sabes que mais? Tive uma consulta obrigatória! Porque? Porque, embora, nada mo impedisse de praticar eu tinha que estar ciente do que envolve a prática sexual.
A consulta não teve carácter moral mas educacional/informativo para, acima de tudo, prevenir problemas de saúde futuros.
Não dês a tudo uma conotação negativa. Moralizadora.
Estamos a falar de agentes sociais e do ramo da saúde.
Eu não sou menor que tu Pedro. Mais baixa, sim. Mas menor não.
O meu intuito na vida é ser feliz. Se aminha felicidade passa pela t-shirt verde ou branca (gosto mais) que assim seja. Se a tua reside no facto de reunires o máximo de cores possível que seja (de notar que estou a assumir como certo para a minha vida a leitura que fazes dela). No final da vida o que aconteceu? Ambos fomos felizes. E morremos tranquilos.
Não seja é permeável aos argumentos dos outros.
O que dissemos. É que o facto de vestires o amarelo e aprenderes a andar de skate não faz com que tenhas que rasgar a tua t-shirt verde e encostar a tua bicicleta. Até porque dizem que é uma coisa que nunca se esquece. [Eu confesso que não sei...]
Eu quero ver-te voar!!
Mas até para isso é preciso solo.
É triste a visão que tens de mim. Obviamente eu não me limito a ser portista, portuense, minhota, do norte. Sou mais que isso mas também isso. Porque, Pedro, posso ser baixa (acho que era disso que querias me intitular) mas não sou pequena e consigo abarcar o conhecimento de um mundo. Porque acima de tudo somos seres inteligentes. E algo me ensinaram os meus pais: a ouvir e aprender.
Porque se o teu argumento fosse válido eu não seria a Gabriela. Seria simplesmente a filha dos meus pais.
Beijinhos a todos e bom fim de semana
Proveitem este cheirinho de primavera antecipada....
Epá!
Alguém falou no Leça!
Finalmente um tema interessante!!!
Leça! Leça! Leça!
Ola Baixinha!
:)
Eu respeito os verdes! São felizes! Eu tambem sou um verde! Tambem sou outras coisas, tambem sou feliz! As quartas feiras também ando de bicicleta!!
Eu não te acho pequenina!!!
Eu só pedi que não me façam pequenino a mim, dizendo que as 10 casas mais a norte, são verdes, se vens de la é porque deves ser verde.
Eu tenho um problema que tu não tens: o das fronteiras geograficas que existem. Quando eu mostro o passaporte, perguntam-me pela bicicleta!!
Nao és tu - é por causa do parvo do MEC,dos radicais. Eu não quero acabar com os verdes. Eu gostava que os bairros fossem todos misturados, verdes, azuis, amarelos, uma grande misturada, quem só gosta de bicicleta, reune-se com os seus amigos verdes e brinca,onde quer que lhe apeteça!
circulavamos livremente, eramos um só bairro!
Talvez um dia, toda a gente possa experimentar todas as formas de transportes e todas as cores. Eu sei que tu nao vais tentar voar, mas pelo menos talvez o triciclo experimentes. É mais atrasado que a bicla, mas é giro também.
Nao gosto so dos mais rapidos e modernos. No outro dia, ate descobri um bairro onde se anda a pe! Esses sao os piores! La ate me chamam nomes se falar nos triciclos!
O problema é os bairristas, o MEC e tambem os mais nacionalistas, que dizem que o bairro do norte é verde e se anda de bicicleta.
E depois na fronteira do bairro eles estao sempre a perguntar-me pela bicicleta.
Houve um que me disse: tu já não és daqui! Estás descaracterizado! O que é esse skate? Não conhecemos isso aqui! Aqui anda-se com as maos nas ancas e mete-se cunhas. As nossas mulheres teem olhos verdes e sao as mais bonitas de todos os bairros.
(eu por acaso, sei que nao e verdade, porque ja fui ao bairro dos vermelhos e teem la ruivas bem bonitas e andam de triciclo).. ..
.......
E as consultas obrigatorias:
É incrivel! Cada coisa que escreves é mais um argumento para nao serem obrigatorias!!
Ha preservativos a borla, se tiveres consulta obrigatoria.
RIDICULO!
É assim que elas engravidam! Sao miudas e teem vergonha de ir a consulta !!!! Da mesma maneira que ainda vais ter aborto clandestino porque algumas vao ter vergonha de ir a consulta obrigatoria pre-interrupcao da gravidez!!
Alem das barreiras todas da consulta obrigatoria para arranjar o preservativo e a incompreesnsao dos pais ainda queres juntar a consulta obrigatoria no médico.
So queres complicar a vida as pessoas.
Deixa la a consulta ser FACULTATIVA. Qual é o problema?
Queres minimizar os abortos, tanto clandestinos como no hospital?
Preservativos a borla sem consulta, abortos a borla sem consulta.
Qualquer mulher com dois palmos de testa, qual dos dois escolhe como método contraceptivo?
Acho uma piada às pessoas que estão profundamente convencidas que as mulheres vão desatar a fazer abortos como método de contracepção....
como se isso fosse uma coisa agradabilíssima de se fazer, um orgasmo autentico!
A teoria das pxxxs desmioladas da Amadora que ja ouvi o Miguel a defender ...
enfim ...
Enviar um comentário