sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Depois de uma estreia, um ocaso...

A última actuação pública dos "The Beatles" aconteceu há precisamente 40 anos, no terraço/telhado da "Apple Records" em Londres, tendo sido interrompida pela polícia.
Tratam-se das míticas imagens do grupo já com o seu ar mais maduro (McCartney de barba serrada...), após a fase mais psicadélica e a passagem pela India, antes do lançamento do que seria o seu último álbum, "Let It Be", que incluiria a canção que recorrentemente ilustra essas imagens históricas, o "Get Back".
Estes são os links para a última aparição ao vivo da "maior banda de todos os tempos".
http://www.youtube.com/watch?v=MQfTZ_ln9Gg
http://www.youtube.com/watch?v=AuKEko-20pw&feature=related

Em Setembro desse ano (1969) John Lennon comunicaria a Paul McCartney a sua decisão de deixar a banda, que supostamente se separou em definitivo em Novembro, segundo explanações posteriores do próprio McCartney.
Os outros três elementos ainda se juntaram, em Janeiro de 1970, para completar algumas gravações do album "Let It Be", já sem John Lennon, que por essa altura estava na Dinamarca.
Paul McCartney viria a fazer em 1o de Abril de 1970, o anúncio público da sua saída dos "The Beatles" e por consequência da dissolução da banda, uma semana antes do lançamento do seu primeiro albúm a solo.
Em consequência desta separação quebraram-se, ou melhor "suspenderam-se" os laços de amizade entre os membros, sobretudo entre Lennon e McCartney, pois nunca mais vieram a ser recuperados.
No dia 8 de Dezembro de 1980, John Lennon foi assassinado, sem que a relação entre a mais profícua dupla de compositores tivesse sido normalizada.
No entanto, Paul McCartney viria mais tarde a compor uma música dedicada a John Lennon, uma espécie de "descargo de consciência".
Gosto de acreditar que sou, desde sempre, um verdadeiro admirador e um profundo conhecedor dos "The Beatles", mas confesso que não sabia da existência desta canção.
Depois de a ouvir retirei essencialmente duas conclusões:
- deve ser extremamente complicado carregar para o resto da vida o desgosto de, em tempo útil, não se conseguir fazer as pazes com o melhor amigo;
- o sucesso e a admirável inspiração de Paul McCartney só funcionou no contexto Lennon/McCartney, isto é no universo dos "The Beatles". É fraquinha esta música, com o seu passado de composição e supostamente com o sentido de fazer um tributo a um grande amigo, McCartney deveria e poderia ter feito bem melhor!

Aqui fica para vossa apreciação:

1 comentário:

MPB disse...

Não está assim tão má... Afinal tratava-se de um contexto difícil na vida do rapaz. Morre o seu ex-amigo e colega de êxito global, está presente a necessidade de uma homenagem póstuma a essa sua relação de âmbito alargadissimo, a pressão que isso acarreta, o Paulinho (como eu gosto de o chamar) está ali na ressaca dos Wings e depois, depois estávamos nos anos 80, os terríveis anos 80! Em plena Idade Média das tendências musicais do séc passado. Não se podia pedir muito mais que isto.
É caso para dizer: Paul, tá bem miúdo! Bom esforço. O que importa é que ninguém se aleijou...